quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Atualização Mensal: Janeiro 2012

Mudanças à vista!

Em virtude de mudanças no meu trabalho, os aportes passarão a ser esporádicos e de valor variável. No entanto, uma coisa tornou-se óbvia: a necessidade de risco diminuiu consideravelmente e, da mesma forma que ocorreu em fevereiro de 2011, mais uma rodada de "conservadorização" se fez necessária. A alta recente do Ibov tornou essa decisão ainda mais fácil.

De acordo com minha política pessoal de investimento, eu previ um aumento gradual na alocação em RF e em Imóveis com o aumento do portfolio. Como tudo indica que esse crescimento deve ser acelerado em 2012 (objetivo de 1 milhão no fim de 2012), comecei desde já a diminuir a volatilidade do portfolio, objetivando o portfolio chamado "1/n", ou "naive diversification", em que se divide em partes iguais cada classe de ativo. Como invisto em 3 classes, são 33% do portfolio por classe.

Pesquisa realizada anteriormente durante a elaboração do IPS no portfolio 1/n:

  • Optimal Versus Naive Diversification: How inefficient is the 1/n Portfolio Strategy?
  • Approximating the Numeraire Portfolio by Naive Diversification
  • 1/N and Long Run Optimal Portfolios: Results for Mixed Asset Menus

Vamos às mudanças:


Portfolio de ações:


33% de cada portfolio de ações deve possuir ações defensivas, daí o investimento em CLSC4, COCE3, EQTL3 e CSMG3 e o desinvestimento em ENBR3 e CESP6.

Em virtude do aumento do investimento de imóveis foram liquidadas as posições indiretas em imóveis (BRML3, GFSA3, BISA3, EVEN3, RSID3), além de conferir alguma proteção contra uma eventual bolha imobiliária.

Foram liquidadas também ações com variação elevada de lucros/lucros recorrentes negativos (POSI3, PMAM3, INEP4(A 2,85!), MRFG3, JBSS3 (A 6,94!), SULT4, BRKM3, CTNM4, SGPS3), com exceção de ações cuja desvalorização compense a variação (MGEL4, FJTA4, TERI3, SFSA4). A base dessa decisão também foi a de diminuir o risco do portfolio, ainda que sacrifique em parte o retorno.

Foi feito um aporte maior em BBAS3 por razões puramente de valuation (Cresc. rec. ok, div yield alto, pvpa baixo, pe baixo), a 23,XX cada.

Todas essas mudanças foram feitas no mês de dezembro, portanto no geral vendi barato e comprei barato, principalmente FJTA4, MGEL4, TERI3 e BBAS3.

O foco continua o mesmo: ações com baixo p/vpa, com menor foco em seguir o índice (principalmente o SMLL) e portanto mais sujeito a tracking error, além de menor volatilidade por conta da alocação maior em ações de saneamento/elétricas.

Imóveis:

Liquidei completamente minha posição em FEXC11B puramente por uma questão de yield (~0,6% a.m. real) a R$109,99 cada, e com esse valor comprei R$10.500,00 de CNES11B a R$105,00 cada e R$30.720,00 de MBRF11 a R$1.024,00 cada, além de um aporte menor de 10 FPAB11 a R$315,02 cada (não está no gráfico por erro meu) A aporte maior em MBRF11, assim como em BBAS3, ocorre puramente por questão de valuation. O objetivo é possuir 15 FIIs no portfolio.

Renda fixa:

Foram adquiridos R$44.000,00 em CDBs do banco Ficsa com vencimento em janeiro de 2016 a uma taxa de ~12,29% a.a. (valor final será de R$69 mil reais, portanto integralmente dentro da proteção do FGC). Já estou com quase 100k em Renda Fixa, e o objetivo é 33% do portfolio.

Portfolio e resultados:


Em geral o mês foi excelente para todos os portfolios, em especial para o MLV, que mesmo investido pesadamente em ações defensivas conseguiu superar o índice MLCX, apesar de perder para o Ibov. Já o SMV perdeu feio do SMLL e devolveu quase que integralmente a overperformance que teve em dezembro.

Como resultado, estou com quase R$580.000,00 de patrimônio e o portfolio teve um crescimento orgânico de ~+5% e de ~14% graças ao aporte de R$44.000,00 feito em renda fixa. Ao que tudo indica não farei mais nenhum aporte em bolsa esse ano, salvo rebalanceamentos internos. Obviamente também não farei nenhuma venda de ação para obter o portfolio 1/n, já que a existência desse tipo de portfolio está condicionada à existência de aportes elevados.

Não há expectativa de aporte no mês de fevereiro, salvo o reinvestimento de dividendos e aluguéis, já que estou com sérios problemas de fluxo de caixa!

Rumo ao milhão!