sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Atualização Mensal: Janeiro 2010 (R$134.413,12, +4.390,59)

Dois fatos tornaram esse mês aparentemente melhor do que ele realmente foi: primeiro por ter investido em Janeiro valores que já possuía em Dezembro de 2009, mas que não foram aplicados por falta de liquidez; segundo pelo fato da cotação do PIBB estar completamente sobrevalorizada a 92,50, sendo que um valor mais "normal" seria 90,50.

Mesmo levando em consideração esses aspectos, o meu mês terminou positivo num mês bem ruim para a bolsa, graças tanto pelos aportes feitos quanto pelo fato do meu portfolio ainda estar bem longe de ser grande.

Independente dos motivos, porquês ou ponderações a verdade é que terminei o mês de Janeiro R$4.390,59 (ou 3,38%) mais rico! \o/

Projeção Patrimonial:


Se vocês compararem com o mês anterior, os valores projetados (em vermelho) estão bem diferentes. A razão disso foi a alteração do meu plano de independência financeira, que, surpreendetemente, é mais suave durante um pequeno período do que o plano anterior. Ainda assim, a vantagem que era de 23,4k no mês passado foi reduzida para 22,35k. Essa diminuição deve continuar até eu conseguir meios de acumular 4,3k por mês (notas relevantes animadoras mais abaixo).

Portfolio:

Eu estava decidido a comprar BOVA11 esse mês, principalmente pelas taxas de aluguel atrativas da mesma (entre 3-4% a.a.). No entanto, após analisar com calma o mercado primário do BOVA11 (e ver que é totalmente dominado pelo market maker com um spread ridicularmente pequeno de 0,2%, que, porém, pela falta de investidores "verdadeiros" significa um custo em 100% dos casos), além de calular o retorno real do aluguel (para quem gosta de números: 3,2%(taxa mínima)-0,5%(comissão corretora)*0,775(IR)=1,925%*0,5(frequencia de aluguel máxima prevista)-0,54%(tx. adm. fundo)-0,2%(bid/ask spead)=0,22%) e ver que é +- a taxa líquida que eu consigo alugando o PIBB. Outro motivo é o mercado fracionário praticamente inexistente do BOVA, que me forçaria a ficar 50% do meses sem investir na bolsa, levando a perdas ao longo prazo por estar com uma parte menor do portfolio na bolsa (o raciocínio é o mesmo do LSI e DCA discutidos no artigo anterior). Por fim, ainda tem os aspectos não financeiros como o trabalho bem maior de estar a todo momento mais pressionado de alugar as quotas para fazer o investimento valer a pena.

Valores:


ROI menor (óbvio), mas não tão menor graças ao empréstimo garantido.

Notas relevantes:

  • A renda dos aluguéis das quotas foi sensacional esse mês, com um retorno acima de R$130,00. Corretagem paga por 2 anos :P
  • Meu salário aumentou e hoje está em R$4.000,00 \o/
  • FIZ UM DAY-TRADE HOJE. Antes de me jogarem pedras, na verdade foi uma raríssima oportunidade de arbitragem entre PIBB11 e PIBB11F (venda de um a 92,60 com a compra do outro a 92,20) que me rendeu líquido de corretagem R$15,00. Óbvio que não vou pagar o ridículo IR dessa operação :D
  • Se tudo der certo, a partir de março ou abril terei um bico/segundo emprego que trará uma renda adicional de R$500-R$1.000,00 por mês. Isso é +-6% do valor do meu portfolio ao ano! Para quem fica atrás de migalhas com aluguel de quotas, o aumento do valor dos aportes é sem sombra de dúvidas um meio muito mais eficaz de aumento do meu portfolio! \o/

Rumo aos R$150k!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Dollar Cost Averaging X Lump Sum Investing

Lendo os blogs sobre finanças pessoais durante esse fim de semana, encontrei um post do amigo Hotmar que cita um texto do Informativo de julho de 2008 do INI (Instituto Nacional de Investidores) respondendo à seguinte dúvida: tendo um capital X, vale mais a pena investir tudo de vez (Lump Sum Investing) ou dividir o capital e fazer aplicações períodicas (Dollar Cost Averaging) ?

O texto sobre o assunto que consta no Informativo, que você pode ler aqui (pg. 6 e ss.) é, a meu ver, ao contrário do que acha o colega Hotmar, péssimo. O autor utiliza como base para a sua argumentação o comportamento de apenas 2 anos do mercado acionário brasileiro e, muito pior, apenas 1 ação (Natura). Como a mesma caiu durante esse tempo, o autor conclui que é melhor o Dollar Cost Averaring (DCA) ao invés do Lump Sum Investing (LSI). Mais a frente ele compara com mais algumas ações mas muda a premissa, pois compara com o investidor que comprou no fundo e no topo ao invés de comparar com aquele que comprou no primeiro dia (LSI).

Resumindo, a argumentação do autor é a seguinte:
  1. De 2006 a 2008 ao se investir na Natura valeu mais a pena o DCA do que o LSI.
  2. De 2006 a 2008, ao se investir em outras ações, o método DCA teve um retorno maior do que quem investiu no topo e menor do que quem investiu no fundo (óbvio, eu sei, mas o texto gastou duas páginas explicando isso)
  3. Logo, investir em DCA vale mais a pena do que o LSI.
Ou seja, o raciocínio não faz o menor sentido (a conclusão obviamente não deriva das premissas) e eu perdi 15 min de minha vida lendo esse informativo inútil, mas vamos adiante...

Em resposta ao post do colega Hotmar, o excelentíssimo blog Investimento e Finanças fez excelentes ponderações sobre o tema aqui, usando o seguinte raciocínio:
  1. Se a bolsa cair, valerá mais a pena investir no método DCA.
  2. Se a bolsa subir, valerá mais a pena investir no método LSI.
  3. O comportamento futuro da bolsa é notadamente imprevisível.
  4. Logo, deve-se "diversificar o método" e aplicar metade no método DCA e metade no método LSI.
No parágrafo seguinte, o autor faz outra argumentação interessante, qual seja:
  1. Historicamente, o LSI valeu mais a pena em 66% dos casos.
  2. Como o rendimento passado não é indicativo do rendimento futuro, essa informação é irrelevante.
  3. Logo, deve-se manter a diversificação do método no argumento anterior.
Argumentos muitíssimo mais elegantes e dignos de análise.

O problema com a argumentação do colega Inv. e Fin. reside no item 3:

O comportamento futuro da bolsa é notadamente imprevisível.

Quando lidamos com situações que envolvem o ser humano é natural chegarmos a soluções que são meramente probabilísticas ao invés de algo completamente definido. Tal fato deriva da enorme complexidade que envolve a ação humana. No caso de uma Bolsa de Valores essa questão é magnificada, uma vez que envolve comportamentos de milhões de pessoas.

Toda essa discussão metodológica/filosófica no parágrafo anterior serve para atentar ao leitor que, apesar de imprevisível, o comportamento da bolsa não é completamente randômico. Um conhecimento fundamental, apesar de elementar, é de que a expectativa de qualquer Bolsa de Valores no longo prazo é de alta. Isso ocorre pelo contínuo aumento, em média, da eficiência das empresas em gerar lucros aos investidores derivado da própria capacidade criativa do ser humano e da constante adição de capital ao mercado através de dividendos e outros mecanismos. Tal conhecimento elementar gera uma conclusão, também elementar, porém verdadeiramente útil ao investidor: Em média, vale mais a pena investir na bolsa hoje do que amanhã. Obviamente não sabemos como será o comportamento da bolsa no dia seguinte, no mês seguinte ou até mesmo nos próximos 10 anos... mas sabemos que, como a expectativa de retorno é positiva, existe uma chance maior da bolsa subir do que descer. Caso isso não fosse verdade, a expectativa de retorno seria 0 ou até mesmo negativa.

Podemos fazer uma analogia com um casino às avessas. Enquanto no casino sabemos que, a cada rodada, nossa chance de ganharmos é menor do que 50% (caso contrário o casino não obteria lucro), na bolsa de valores a nossa chance diária de termos um retorno positivo é maior que 50%.

Portanto, para o investidor sempre valerá a pena investir todo o capital disponível de vez (Lump Sum Investing) do que realizar aplicações periódicas. Tal estratégia é comprovada pela história: em 66% dos casos o uso do LSI trouxe ao investidor um retorno superior do que o DCA.

O blog Investimento e Finanças rebate o fato histórico alegando que:

Como o rendimento passado não é indicativo do rendimento futuro, essa informação é irrelevante.

A informação não é irrelevante, pois sabemos que o rendimento passado da bolsa não foi algo aleatório, ele foi fruto do crescimento natural das empresas e dos lucros delas. Negar a utilidade da história, nesse caso, é forçosamente negar que a bolsa possui um retorno esperado positivo (já que o retorno passado não é indicativo de nada), o que definitivamente não é razoável.

O que fiz nesse artigo não foi muito além de ter reinventado a roda: o assunto já foi bastante estudado lá fora e a conclusão foi sempre a mesma: para o investidor, o Lump Sum Investing é, em média, mais rentável que o Dollar Cost Averaging¹. O motivo de muitos investidores persistirem no DCA reside em razões puramente psicológicas: utilizando o DCA, se a bolsa cair, ele vai ficar feliz já que estará comprando na baixa; se subir, ele vai ficar feliz porque seu portfolio subiu de valor. Uma verdadeira relação "win-win" psicológica. No entanto, cabe a mim ressaltar o óbvio: a função do seu portfolio não é te fazer feliz nem evitar de te trazer sofrimento: é trazer um retorno X a um risco Y. O DCA diminui o retorno sem diminuir o risco e, portanto, é inútil e não deve ser utilizado em hipótese alguma ao investidor minimamente racional.

Boa semana a todos!

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¹ “Our results strongly imply that the additional cost and effort associated with Dollar Cost Averaging cannot be justified for any investor, regardless of degree of risk aversion. With the possible exception of its promoters, nobody gains from Dollar Cost Averaging.”“Nobody Gains from Dollar Cost Averaging: Analytical, Numerical, and Empirical Results,” Financial Services Review, 2(1) 1993, pp. 51-61.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Crítica do livro "The Little Book of Common Sense Investing"

Conhecedor há algum tempo da filosofia de investimento exposta por John C. Bogle, CEO da Vanguard (uma das maiores empresas de fundos de investimento do mundo e gestora de 1 trilhão de dólares) resolvi ler um livro simples e despretensioso chamado "The Little Book of Common Sense Investing", ou , traduzido livremente por mim "O pequeno livro de investimentos de senso comum", do referido autor. Procurei e não achei versão em português. Obviamente, a versão que li foi em inglês.

Quão comum é a idéia, ainda mais nessa selva chamada Brasil, de que o investidor, com paciência, estudos e dedicação pode conseguir retornos superiores ao benchmark? De que investimentos em ações é algo perigoso mas que, com muito estudo obstinado e algum gut feeling qualquer sardinha pode virar tubarão tendo retornos de vários porcentos mensais, destruindo o índice e saindo vencedor ante a horda de traders fracassados?

Pois bem, o livro destrói essa pré-concepção e mostra que o investidor médio não ganha, mas sim perde vários porcentos anuais frente ao índice ano após ano. Os motivos são óbvios: altas taxas de administração, alto ritmo de turnover (pros iniciantes, turnover = ritmo de negociação do seu portfolio) e busca incessante de performance.

O livro, de fato, possui argumentos extremamente simples e de até certo ponto senso comum, sendo portanto um livro recomendadíssimo para iniciantes. As consequências, porém, são drásticas: Se você não está diversificado, se você possui um fundo que cobre uma alta taxa de administração (1% = alto!), se você negocia frequentemente, se você entra e sai do mercado a todo momento, você está fazendo algo errado.

A recomendação, portanto, é o inverso dos fatores que tendem a tirar os retornos dos investidores: Investir em fundos que abranjam todo o mercado, que possuam taxas de administração baixíssimas e, principalmente, que sejam passivos. Os gráficos falam por si sós:

Ou seja, menos de 10% de todos os fundos de investimentos ativos conseguiram um retorno consistente acima do índice.

Ou seja, a escolha do fundo médio ao invés de permanecer no índice equivaleu a você ter apenas +-1/3 do patrimônio total possível.

Aí você argumenta: "Mas Viver de Renda, aí representa o fundo médio... se eu escolher apenas os melhores fundos, com os melhores administradores, que tiveram os melhores históricos de retorno passados, eu conseguirei ter um retorno superior ou, no pior dos casos, igual ao do índice!"

Vejamos o próximo gráfico:

Ou seja, mesmo os fundos que tiveram rendimento médio acima do índice, após o pico tiveram retornos muito piores do que o benchmark. Portanto, se rentabilidade passada indica alguma coisa, é que quanto maior o retorno passado MAIS LONGE você deve passar do fundo!!!

O livro também analisa ETFs, perspectivas para o futuro, aplicação em fundos de renda fixa dos conceitos apresentados no livro, dentre outros assuntos. O mais interessante, no entanto, seria o argumento principal que aposto que algum dos leitores já estão pensando: "Mas e o value investing?!? E o Buffettttttttt?!??? Ele bate o índice ano após ano! Se ele consegue por que eu, com estudo e dedicação, não posso conseguir o mesmo?"

Pois bem, o próprio Buffett responde: "A low-cost index fund is the most sensible equity investment for the great majority of investors. My mentor, Ben Graham took this position many years ago and everything I have seen since convices me of its truth".

Os motivos de tal opinião são claros: "[the majority of investors] do not have the time, or the determination, or the mental equipment to embark upon such investing as a quasi-business. They should therefore be satisfied with the reasonably good return obtainable from a defensive portfolio, and they should stoutly resist the recurrent temptation to increase the return by deviating into another paths."

Como é óbvio, não posso replicar aqui por completo toda a argumentação desenvolvida pelo autor no livro. Para tanto, só você lendo o mesmo. Como já disse anteriormente, recomendo, aliás, eu IMPLORO para que você leia o livro. Nossa literatura nacional é completamente alienada ao investimento passivo e, por consequência, ilude milhares de pessoas ano após ano a realizar inúmeros trades na expectativa de bater o mercado (mais trades = mais comissões = menor retorno médio) e achar que pagar 4% de taxa de administração anual em um fundo é normal. Está aí uma receita para te deixar mais longe da tão sonhada independência financeira!

Crítica dedicada à minha amiga Alessandra!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Alteração do plano de Independência Financeira

Aproveitando a virada do ano, em que milhões de pessoas fazem promessas de mudanças (e voltam para o confortável status quo ante após algumas semanas), chegou a hora de reformular meu plano anterior, falho em vários pontos e não condizente com a realidade.

Antes de tudo, cabe aqui uma ressalva para quem, assim como eu, trilha o caminho da independência financeira: é muito fácil se estressar ou ficar ansioso na elaboração e acompanhamento desses planos. É fundamental que a pessoa analise o plano como aquilo que ele realmente é: um guia, uma expectativa, uma suposição de como será o futuro. Como nesses planos presumem-se literalmente dezenas de variáveis, a chance da realidade ser diferente do planejado é, forçosamente, de 100%. Por conta disso, é de extrema importância que o sujeito veja o plano de aposentadoria com uma única função, que é a de fornecer noções para o investidor do que pode acontecer no futuro, e não como uma moldura pela qual a realidade deve se sujeitar.

Dito isso, vamos aos problemas encontrados no plano antigo:

- Rentabilidade bruta esperada: 1,2% a.m.
- Inflação projetada: 4,29% ao ano.

A rentabilidade de 1,2% a.m. corresponde a 15,39% a.a.. Com uma inflacao de 4,29% a.a., temos um retorno real anual esperado de 10,64%. Como vimos no artigo anterior, em termos brutos, apenas duas bolsas mundiais superaram essa rentabilidade: a brasileira e a russa. Contar que teremos a mesma sorte nos próximos 15 anos é contar demais com a sorte. De acordo com alguns estudos, um retorno médio real esperado para uma bolsa de valores é de 8% a.a. (talvez ainda continue um pouco otimista). Essa, portanto, vai ser minha nova rentabilidade esperada.

A inflação anual projetada, de 4,29% a.a., está aquém da meta do Banco Central (que para os próximos anos é de 4,5% a.a. +-2%). Como toda inflação é um roubo para os detentores da moeda inflacionada em benefício dos emissores de tal moeda (no caso, governo e bancos através do sistema de reserva fracionária), o mínimo de prudência me leva a crer que o Brasil sempre estará tentado a manter a inflação nos níveis atuais do que restringir a emissão de moeda (e portanto os ganhos de senhorio) para o prejuízo do governo. A inflação projetada, portanto, deve ser no mínimo de 4,5% e não de 4,29%.

Com essa nova inflação projetada, somos levados ao terceiro problema:
- Despesa mensal média esperada: R$5.000,00 em reais de hoje ou R$10.000,00 em reais de novembro/2025.
A uma taxa de 4,29% a.a., em 199 meses (de abril de 2009 para novembro de 2025) temos uma inflação acumulada de 100%. Já com a taxa de 4,5% a.a., a inflação acumulada é de 107,5%. Portanto, R$5.000,00 de abril de 2009 seriam R$10.375,00 de novembro de 2025.

- Capital final projetado: R$3.090.000,00
O capital final projetado, frente às novas informações, está pequeno demais. Como a TSR (taxa segura de retirada) deve ser de 4% a.a. (conforme já analisado extensivamente nesse blog), o capital necessário passa a ser de R$10.375,00 x 12 x 25 = R$3.112.500,00.

Outro fato novo que houve durante esse ano foi o recebimento apenas parcial da antecipação de herança projetada. Apesar do resto dessa antecipação estar prevista para esse ano, acho mais prudente não contar mais com nenhum aporte de terceiros.

Com essas mudanças, temos certamente um plano menos otimista, apesar dos espetaculares retornos obtidos em 2009. Ainda assim, está longe de ser um plano pessimista (não considerei períodos de 10% de inflação ou de retorno de 10 anos da bolsa acumulado de 0%, p.ex.).

Os dados do novo plano, portanto, são os seguintes:

Prazo: 1º de Novembro de 2025 (igual)
Taxa mensal bruta: 1,0% a.m. (-0,2% a.m.)
Inflação: 4,5% a.a. (+0,21% a.a.)
Taxa anual líquida: 8% (-2,64% a.a.)
Valor final do portfolio: R$3.125.000,00 (+ R$35.000,00)
Recebíveis esperados: R$0,00 (- R$81.500,00)

E a informação mais importante:

Aporte mensal necessário: R$4.314,00

Praticamente R$2.000,00 a mais por mês. Para um cara que ganha R$3.000,00 mensais.

Vejam o gráfico do plano anterior (verde) comparado ao plano atual (vermelho):



Parecidos visualmente, bem diferentes na prática.

Esse novo plano não deixa de ser um "wake-up call", em que minha independência financeira talvez seja mais difícil do que eu esperava. Só não me perguntem de onde vou tirar R$4.314,00 todo mês...

Preciso de mais adubo!!!

Bem, acompanhando ou não o novo plano, rumo aos 150k!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Retorno dos últimos 10 anos das Bolsas de Valores

Navegando pela internet esses dias achei um gráfico interessante no New York Times: O retorno anualizado dos últimos 10 anos das 23 maiores bolsas de valores.


Notas interessantes:

  1. A bolsa de valores brasileira foi a que obteve maior retorno anualizado: incríveis 20% a.a.
  2. A bolsa de valores japonesa continua em queda livre - desde 1989.
  3. A bolsa de valores chinesa era a 43a maior em 1999 - já é a 9a em 2009.
  4. Das 23 bolsas, 19 tiveram retorno positivo em 10 anos - 82,6% do total.
  5. Rentabilidade passada não é garantia - nem indicativo - de rentabilidade futura!
Quão diferente deve ser esse gráfico na década 2009-2019?

sábado, 2 de janeiro de 2010

Atualização Mensal: Dezembro 2009 (R$130.022,53, +4.013,41)

Chegamos ao fim de 2009. Com pouco mais de R$100.000,00 acumulados em 365 dias (R$274,00 por dia), esse foi o melhor ano da minha vida em termos financeiros. O mês de dezembro em si não teve nada de especial, com R$4.000,00 acumulados e 3,19% mais rico que o mês anterior. A maioria desses 4k veio da apreciação das cotas do PIBB, uma vez que não consegui investir todo o dinheiro guardado nesse mês.

Projeção Patrimonial:


Não consegui nada além de manter a distância do projetado e do realizado (para os novatos, azul é realizado e vermelho é projetado). Tendo em vista que deveria estar com um capital bem maior, não tenho o que reclamar da performance nesse mês. A reforma de todo meu plano de aposentadoria não passa desse mês, que fatalmente modificará minhas expectativas e consequentemente minha projeção patrimonial.

Portfolio:


Como sempre, peguei os juros do empréstimo garantido (pouco menos de R$500,00) e investi em compra de quotas PIBB. Atipicamente esse mês eu não consegui aplicar todo o dinheiro guardado (malditas ordens parcialmente executadas), o que explica eu ter comprado apenas 15 quotas PIBB a R$94,23 cada.

Valores:

O alto ROI anual deve-se pelo retorno absurdo que o IBRX-50 teve esse ano (72%), algo essencialmente impossível de acontecer em 2010.

Notas relevantes:
  • O IBRX-50 teve um retorno 10% menor que o IBOV esse ano. Petr3 e Petr4 são as maiores culpadas desse resultado, afinal 25% do IBRX-50 é Petrobras. Ainda assim, o retorno do IBRX-50 dos últimos 5 anos ainda é superior ao do Ibov (22,1% contra 20,7%).
  • O aluguel de PIBBs cumpriu com certa dificuldade seu papel esse mês. O mercado de aluguel de PIBBs está horrível.