A vida moderna é caracterizada pela rotina. Em qualquer lugar, notamos pessoas vivendo de forma repetitiva e previsível. De uma forma meio esquizofrênica, as pessoas aceitam que uma vida com sentido é acordar, tomar café, pegar trânsito, trabalhar, almoçar, trabalhar, pegar trânsito, assistir tv, dormir, ad infinitum. Final de semana é dia de assistir futebol, beber e quem sabe trair a mulher, tudo seguindo a V.A.S (Vida Aprovada pela Sociedade).
A impressão que tenho é que a maioria das pessoas sequer reflete sobre a vida que levam. Elas vivem de tal modo mecanicamente e habitualmente que nem se dão ao trabalho de realizar o primeiro passo. Mais do que isso, ficam aterrorizadas com a perspectiva de terem enormes fatias de tempo sem que alguém determine por ela como a vida deve ser vivida.
Para essas pessoas, a aposentadoria é não apenas um conceito alienígena, mas também algo que inspira medo, afinal de contas O QUE EU VOU FAZER O DIA TODO?
A impressão que tenho é que a maioria das pessoas sequer reflete sobre a vida que levam. Elas vivem de tal modo mecanicamente e habitualmente que nem se dão ao trabalho de realizar o primeiro passo. Mais do que isso, ficam aterrorizadas com a perspectiva de terem enormes fatias de tempo sem que alguém determine por ela como a vida deve ser vivida.
Para essas pessoas, a aposentadoria é não apenas um conceito alienígena, mas também algo que inspira medo, afinal de contas O QUE EU VOU FAZER O DIA TODO?
Aposentadoria antecipada imaginada pelo cidadão padrão |
Eu nunca entendi direito aquela famosa pergunta: "Nossa, você não vai ficar entediado aposentado? O que você vai fazer o dia todo?" É o equivalente a falar "A vida é definida pelo trabalho, e meus interesses são tão equivalentes ao nada que sem o trabalho não sei como viver."
Lendo isso parece ser algo exagerado, mas é a mais pura realidade. Parem um pouco e reflitam que todos nós estamos rodeados de pessoas que estão completamente perdidas com relação ao que querem da vida, piores que um asno que não enxerga um palmo a sua frente, pois não enxergam nem a si próprios! Nesse sentido, a rotina na vida dessas pessoas é um tipo de espinha dorsal que sustenta a existência vazia deles.
Vemos, portanto, que a rotina (hábito) é uma força extremamente poderosa, já que por razões biológicas/evolutivas nós somos extremamente susceptíveis a hábitos (quem quiser entender mais sobre hábitos, recomendo o livro "O poder do hábito" de Charles Duhigg, é um livro que poderia ser resumido em 5-10 páginas mas ainda assim vale a pena!). O que proponho, no entanto, é utilizar o hábito não como um mecanismo pra preencher uma vida sem sentido, mas sim para automatizar e facilitar a obtenção daquilo definido no primeiro passo. É uma ferramenta, portanto, do segundo passo.
Vamos sair da teoria e falar em termos práticos. Eu percebi que sou uma pessoa que quero me sentir bem com meu corpo. Sinto-me bem com um corpo legal (tem pessoas que desejam ficar super fortes, 45cm de braço, etc. Não é o meu caso), sem aquela pança nojenta. Isso sem dúvida envolve sacríficos, quais sejam: uma vida inteira praticando exercícios físicos e tendo algum cuidado com a alimentação.
Esse sacrifício vale a pena? Essa pergunta é de extrema importância, pois é igualmente aceitável a pessoa decidir que não, que prefere ter uma barriga de catupiry e poder ter uma alimentação muito mais prazerosa, não ter o esforço dos exercícios, etc. O trade-off aqui é muito real e, repito, é algo de muita importância e que a pessoa precisa parar pra pensar e definir se isso vale a pena, pois aqui temos outra armadilha: a pessoa que decide alcançar um objetivo (corpo, concurso, dinheiro, etc.) mas não avalia corretamente os esforços necessários pra se alcançar isso. O resultado que cansamos de ver (comigo inclusive, confesso) é a pessoa começar a academia e depois de um tempo largar, ou começar a economizar dinheiro e depois estourar numa viagem, ou começar a estudar e depois não aguentar. Tenho certeza que praticamente todos dos meus leitores já passaram por algo do tipo.
Lendo isso parece ser algo exagerado, mas é a mais pura realidade. Parem um pouco e reflitam que todos nós estamos rodeados de pessoas que estão completamente perdidas com relação ao que querem da vida, piores que um asno que não enxerga um palmo a sua frente, pois não enxergam nem a si próprios! Nesse sentido, a rotina na vida dessas pessoas é um tipo de espinha dorsal que sustenta a existência vazia deles.
Vemos, portanto, que a rotina (hábito) é uma força extremamente poderosa, já que por razões biológicas/evolutivas nós somos extremamente susceptíveis a hábitos (quem quiser entender mais sobre hábitos, recomendo o livro "O poder do hábito" de Charles Duhigg, é um livro que poderia ser resumido em 5-10 páginas mas ainda assim vale a pena!). O que proponho, no entanto, é utilizar o hábito não como um mecanismo pra preencher uma vida sem sentido, mas sim para automatizar e facilitar a obtenção daquilo definido no primeiro passo. É uma ferramenta, portanto, do segundo passo.
Vamos sair da teoria e falar em termos práticos. Eu percebi que sou uma pessoa que quero me sentir bem com meu corpo. Sinto-me bem com um corpo legal (tem pessoas que desejam ficar super fortes, 45cm de braço, etc. Não é o meu caso), sem aquela pança nojenta. Isso sem dúvida envolve sacríficos, quais sejam: uma vida inteira praticando exercícios físicos e tendo algum cuidado com a alimentação.
Esse sacrifício vale a pena? Essa pergunta é de extrema importância, pois é igualmente aceitável a pessoa decidir que não, que prefere ter uma barriga de catupiry e poder ter uma alimentação muito mais prazerosa, não ter o esforço dos exercícios, etc. O trade-off aqui é muito real e, repito, é algo de muita importância e que a pessoa precisa parar pra pensar e definir se isso vale a pena, pois aqui temos outra armadilha: a pessoa que decide alcançar um objetivo (corpo, concurso, dinheiro, etc.) mas não avalia corretamente os esforços necessários pra se alcançar isso. O resultado que cansamos de ver (comigo inclusive, confesso) é a pessoa começar a academia e depois de um tempo largar, ou começar a economizar dinheiro e depois estourar numa viagem, ou começar a estudar e depois não aguentar. Tenho certeza que praticamente todos dos meus leitores já passaram por algo do tipo.
É aí que entra o hábito, a rotina. Com ela podemos tornar menos dolorosos os sacrifícios, fazendo o trade-off mais favorável para nós. Para muitas pessoas, separar dinheiro para investir é um sacrifício, algo penoso a ser feito todo mês. Para mim, que invisto há 10 anos é algo que eu nem penso, faço habitualmente e hoje, 10 anos depois, vejo que tudo valeu a pena e o esforço não pareceu ser tão grande assim.
Estou tentando tornar habitual, portanto, o sacrifício para se obter um corpo melhor. Estou indo todos os dias à academia, mesmo que não vá malhar (reforço do hábito), sempre no mesmo horário ("deixa" do livro de Duhigg), sendo que logo após eu procuro fazer algo bastante relaxante e prazeroso (recompensa), além de fazer medições e pesagens como reforço positivo pelo esforço de alimentação feito. Estou fazendo isso há apenas 15 dias, portanto o hábito ainda não está consolidado, mas hoje já é menos difícil e já tenho resultados, ainda que sejam meros números em uma planilha.
Apesar de possuir outros objetivos, estou fazendo as coisas 1 hábito de cada vez. Se eu terminar o ano com o hábito consolidado de ir à academia já considerarei um ano vitorioso. Essa é a única meta que faço questão de obter esse ano. E você, tem criado rotinas para obtenção dos seus desejos/objetivos?