quinta-feira, 25 de junho de 2009

Crítica do livro "A Lógica do Mercado de Ações"

Terminei hoje de ler o livro "A Lógica do Mercado de Ações" (A Mathematician Plays the Stock Market). Li o original em inglês, então sem comentários quanto à tradução.

O livro é bom. Para quem não possui formação específica em exatas como eu, foi interessante aprender mais sobre desvio-padrão, teoria dos jogos, beta, sigma, variância, média aritmética e geométrica, sistemas não-lineares, etc... tudo numa leitura BEM leve, com explicações claras e exemplos tirados do desastroso investimento do autor em ações cuja empresa foi um exemplo de ética e lisura: A WorldCom.

Nas explicações do autor sobre mercados eficientes, finanças behavioristas e formação de portfolio, o autor peca pela superficialidade. Nessa parte o autor pouco acrescentou ao que eu já sabia, mas pode ser útil para quem quer ter uma noção básica desses assuntos.

Enfim, é um livro básico, de fácil digestão e bem escrito, com um enfoque nos aspectos matemáticos básicos da bolsa de valores.

De 0 a 10, sendo 5 um livro "na média", ele leva 6,5. Recomendado!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O problema dos títulos indexados pela inflação (NTN-B e NTN-B Principal)

Um mecanismo muitíssimo utilizado pelos investidores que buscam a independência financeira a longo prazo é a compra de títulos garantidos pelo governo indexados à inflação, mais precisamente os NTN-B e NTN-B Principal. A diferença entre os dois é apenas do pagamento dos prêmios, o primeiro semestral e o segundo apenas no vencimento. Mais informaçoes aqui.

A rentabilidade líquida é obtida após o abatimento do Imposto de Renda, custódia da CBLC de 0,3%a.a, taxa de negociação de 0,1%a.a. no primeiro ano apenas, além de eventuais taxas do agente de custódia, que varia de 0% (Spinelli, Socopa) a 4% (Bradesco, Itaú... como era de se esperar).

Há pelo menos um problema que a maioria das pessoas não percebem nesse cálculo: o título acaba por não te proteger completamente contra a inflação. HÃÃÃ?

É isso mesmo! Vejam que o famigerado IR incide não apenas sobre a taxa de compra mas também sobre a correção do IPCA. Por exemplo, digamos que você comprou R$1.000,00 de NTN-B Principal à taxa de 6,75%a.a. + IPCA. Vamos presumir que você permaneceu com esse título por um ano (252 dias úteis), e o IPCA no período foi de 5%. Portanto, a rentabilidade bruta é de 12,09% (veja meu post sobre cálculo da rentabilidade real para saber por que o cálculo não deve ser 6,75%+5%). Vamos ignorar a taxa da CBLC e nos concentrar no IR. Vamos presumir também que o IR a ser cobrado é o mínimo de 15% e não os 22,5% devidos. Portanto, a rentabilidade líquida do investimento é:

R$120,90*85%= R$102,77.

Logo, ao final do período você terá R$1.102,77. Como R$1.000,00 um ano atrás valem R$1.050,00 hoje, a rentabilidade real foi de R$52,77, ou 5,02% (atenção, o cálculo é sobre R$1.050,00 e não R$1.000,00). Mas peraí... 6,75%a.a menos o IR de 15% é 5,74%... quem roubou os outros 0,72%? O IR sobre o IPCA.

Vejam como o IR sobre o IPCA acaba obrigado a "doar" parte da taxa do título para recompor o valor de compra perdido pela inflação, reduzindo de forma significativa a rentabilidade real do título. Dessa forma, quem tiver como idéia retirar os hipotéticos 6,75%-IR vai ter parte do principal corroído mês a mês pela proteção inadequada à inflação, forçando o investidor a retirar uma taxa menor, no caso 5,02%.

Pode parecer pouco, mas vamos ver um pouco de "masturbação financeira" para ver esse efeito a longo prazo. Vamos investir R$1.000,00 durante 30 anos:

  • Com uma taxa de retorno real de 5,74% (6,75% - 15%), teremos R$934.344,00 ao final do período.
  • Já com a taxa de retorno real de 5,02% (levando em consideração o IR sobre o IPCA) teremos ao final de 30 anos R$821.589,00, ou ~12,06% a menos.
Portanto, esse efeito não é desprezível e deve ser contabilizado por qualquer um que invista em qualquer título corrigido pela inflação.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Como calcular a (real) rentabilidade de um investimento

No mundo dos investimentos existem três variáveis que infelizmente teimam em não serem constantes. São elas a rentabilidade nominal, a inflação e a rentabilidade real.

Mas como calcular a rentabilidade real de um investimento? Se você quiser ter apenas uma noção geral do retorno do seu investimento você pode utilizar a "equação de Fisher", que nada mais é do que:

rent.real = rent.nominal - inflação. (que nome pomposo pra uma equação besta)

Até aí tudo muito fácil e correto, certo? ERRADO. Por exemplo, uma aplicação que rende 9,25% a.a. num país cuja inflação é de 4%, qual seria a rentabilidade real desse investimento?

Aqui está a "não-derivada" fórmula de Fisher para calcular a verdadeira rentabilidade real do investimento:

rent.real = ((rent.nominal + 1) / (inflação + 1)) - 1

Em termos práticos, pegando o exemplo acima: rent.real = (1,0925 / 1,04) - 1 = 1,05 - 1 = 0,5 = 5%

Ou seja, 0,25% a menos do que a "equação de Fisher", que daria 5,25%.

Vejamos um caso extremo para que a equação "correta" fique mais aparente: Rentabilidade nominal de 75% e inflação de 60%.

rent. real = (1,75/1,6)-1 = 0,094 = 9,4% , bem menos do que os 15% "tradicionais".

Assim como após a leitura de outro post meu você pode com segurança chamar de ignorante quem diz que "a bolsa americana demorou 25 anos para se recuperar no crash de 29", o mesmo pode ser dito de quem fala "Pra ter a rentabilidade real é só diminuir a inflação da rentabilidade nominal".

E olha que não é pouca gente que fala isso...

PS: Sim, eu sei que a equação de Fisher derivada na verdade é i ~ r + π, mas o problema jaz justamente no ~, que é justamente o que expliquei no tópico. Para maiores explicações, vejam The Theory of interest do próprio Fisher, que por sinal foi um cara que entendeu de juros como poucos no mundo.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Home Broker Link x Home Broker Ativa

Atualmente tenho contratadas tanto a Link como a Ativa como corretoras. Virei maluco? Gosto de rasgar dinheiro? Não, apenas estou mantendo a Ativa pois tenho ações minha alugadas lá, e até o bendito devolvê-las tenho que manter a conta aberta. Pelos cálculos faz mais sentido ter as duas e fazer os trades na Link do que ficar só na Ativa.

Agora que já utilizei os dois HBs (Home Broker), vou mostrar as diferenças entre eles PARA MIM:

LINK TRADE:



Clique para ver em tamanho maior


Pontos positivos:

  • O HB é muito bonito.
  • Possui dois "skins" de visualização.
  • Possui janelas totalmente configuráveis.
  • Atualização automática da carteira em tempo real.
  • Cálculo instantâneo da corretagem total do trade pretendido.
  • Agrupamento de ofertas no book de mesmo valor.
  • "Uptime" de 100%¨até agora.
Pontos negativos:

  • O HB é PESADO! Para conexões lentas e computadores com processadores fracos o peso do HB é sentido. Se você possui um PC com dois ou mais núcleos e internet banda larga (meu caso) o peso é irrelevante.
  • Boa sorte pra tentar visualizar a cotação do IBRX-50. Já entrei em contato via e-mail com a Link e eles simplesmente não fornecem a cotação atualizada do IBRX-50 (IBXL). Como que eu vou me guiar para saber o preço "justo" do PIBB nas minhas compras mensais?
  • O HB não fornece notícias da Bovespa. Isso é fundamental para mim quando vou colocar minhas ações para aluguel, pois preciso ver a tabela atualizada do banco de títulos da CBLC. Com isso tenho que buscar essa atualização na ADVFN, cuja tabela tem uma formatação horrível.
  • Não tem como obter a nota de corretagem do trade pelo HB.

ATIVA:



Clique para ver a imagem ampliada

Pontos positivos:

  • HB levíssimo.
  • Notícias da bovespa e do mercado em tempo real.
  • Cotação do IBRX-50 em tempo real.
  • Notas de corretagem mais recentes diretamente do HB.
Pontos negativos:

  • Muito raramente o HB não está funcionando.
  • Atualização manual. É um saco ter que ficar atualizando toda hora pra saber se houve um trade ou não nos PIBBs.
  • Você não sabe de antemão exatamente quanto vai pagar de emolumentos, tx. de liquidação, etc.
  • O HB é feio.
  • Ficou mais de 30 min sem mexer no HB? Já era, só logando de novo.
  • Volta e meia o botão de atualização não funciona. Só logando de novo pra voltar a funcionar.
Conclusão:

O HB da Link é como uma prostituta, bonita for fora mas a gente sabe que não dá pra dialogar com ela e que não presta por dentro. O HB da Ativa é como aquela mulher feinha mas gente boa, que te dá mole e te ajuda no dever de casa.

Enfim, quem eu quero enganar, sei muito bem que no final das contas vou "casar" com aquela que me custar menos...



segunda-feira, 8 de junho de 2009

Mudanças estruturais no blog

Seguindo a recomendação de vocês, coloquei na aba direita do blog uma seção com o livro que estou lendo atualmente (muito bom, por sinal), além de blogs interessantes de pessoas também interessantes que estão na batalha para obter a independência financeira.

Em breve colocarei tags em todos os tópicos e uma lista de livros que eu recomendo sobre mercado financeiro.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Ah, índice safado...

Como vocês viram no meu tópico sobre o crash de 29, eu mencionei que o índice Dow Jones é, na melhor das hipóteses, um índice tosco pois, além de ser balanceado pelo preço das ações e não pelo tamanho das empresas (o que inclusive levou à exclusão da IBM do índice pois teimava em não fazer splits), o mesmo também exclui dividendos do seu cálculo, o que não faz o MENOR sentido, já que dividendos é uma parte fundamental da rentabilidade da bolsa.

Até aí tudo bem. Eis que hoje eu descubro que o índice mais importante da bolsa americana, o S&P 500, também não contabiliza dividendos!!!



O S&P500 e o DJI fazem tanto sentido quanto essa foto

Quer dizer, pra que diabos eu quero um índice se ele não reflete a realidade da rentalidade das ações por ele composta?

Aí vem o espertão e diz: "Deixa de ser burro, os dividendos são sempre uma mixaria, a diferença deve ser mínima, miséria não leva ninguém a lugar algum...". Então eu lhe mostro isso:




Perdeu, Playboy!

Uma diferença de "apenas" 800% (lembre-se, a escala está logarítmica)!!!

Conclusões óbvias:
  • Comparar IBOV com S&P500 apenas se o último incluir os benditos dividendos (boa sorte pra achar um gráfico com isso...)
  • O S&P 500 "puro" é inútil para 99% das simulações.
  • Ainda bem que a Bovespa teve sanidade ao fazer tanto o IBOV quanto o IBRX-50 incluindo dividendos.
  • O S&P 500 "verdadeiro" está nos 7.500 pontos.
Agora me digam, quantos de vocês sabiam disso? Não consigo acreditar que eu era o único "zé mané" que estava no escuro quanto a isso!!!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Bolsa e Risco - Parte II

Vimos no tópico anterior que a concepção de risco na bolsa de valores é exagerada em virtude dos estudos se concentrarem em sua volatilidade anual.

Essa noção de volatilidade apenas em termos anuais é prejudicial pois a volatilidade do retorno esperado em aplicações na bolsa diminui conforme o prazo se alonga. Dêem uma olhada no gráfico que tirei do livro "Stocks for the long run" de Jeremy Siegel, em que mostra a relação risco-retorno para portfolios de bolsa/renda fixa para vários períodos nos EUA:




É muito importante que vocês entendam esse gráfico. Notem como a partir de 10 anos a angulação diminui sensivelmente. A partir de 20 anos o desvio-padrão é idêntico entre 100% renda e 100% bolsa, mas a diferença de retorno é significativa:

  • R$100.000,00 a 3,5% durante 20 anos: ~R$199.000,00
  • R$100.000,00 a 6% durante 20 anos: ~R$320.000,00
Diferença de mais de 50%, e isso puramente determinado pela alocação do ativo! Em apenas 20 anos! Parem pra pensar como é importante cada um de vocês determinarem de forma correta a alocação de ativos (asset allocation) para o seu caso específico. Talvez essa seja a decisão financeira mais importante de sua vida!

Uma analogia para vocês entenderem melhor a relação risco/tempo/retorno é imaginar a bolsa como um jogo com dados viciados. A cada rodada, você teria, por exemplo, 60% de chance de ganhar 11% ou 40% de perder 10%. Se você puder jogar apenas algumas vezes a chance de você sair perdendo é significativa, mas e se você pudesse jogar milhares de vezes? A chance matemática de você sair perdendo é muito pequena, afinal não é a toa que desde 1871 em TODOS os períodos de 30 anos a bolsa rendeu mais do que renda fixa nos Estados Unidos. Mas lembre-se, você tem que continuar jogando...

Poderia se argumentar que o retorno positivo da bolsa a longo prazo nos EUA foi uma exceção, afinal ela foi (e ainda é) a maior potência mundial. No entanto, um estudo foi feito para analisar o retorno real da bolsa de valores de 16 países no período entre 1900 e 2006 e a comparação com aplicações em renda fixa:


Vejam que TODOS os países apresentam o chamado "equity premium", reforçando a tese de que a longo prazo a bolsa tende a ser o melhor investimento. Portanto, retornos a longo prazo acima da renda fixa não é uma exclusividade dos EUA.

Então quer dizer que tudo são flores? É só aplicar na bovespa, dormir por 30 anos, acordar milionário e ir direto na concessionária comprar seu 370z? Além disso, e aqui no Brasil, como que o CDI está na corrida com o Ibov? Vamos falar disso na parte final...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Bolsa e Risco - Parte I

Desde que o mundo é mundo eu ouço que bolsa de valores possui mais risco que renda fixa. Essa informação está tão impregnada no "senso comum" que quando falava que investia na bolsa (hoje prefiro guardar essa informação pra mim) era obrigatório ouvir a frase "Cuidado, bolsa é muito arriscada". Mas até que ponto isso é verdade? Aliás, o que é risco?

Essa pergunta é mais complicada do que parece. Mesmo no meio financeiro, risco possui várias denominações. O conceito usual é estatístico, medido pelo desvio-padrão (volatilidade) do ativo. E desvio-padrão nada mais é do que a raiz quadrada da variância deste ativo:


Gráfico de desvio-padrão de um ativo com distribuição normal. Por consequência matemática, o ativo possui 95,8% de chance de ficar entre dois desvios-padrões e 99,8% de ficar entre três desvios-padrões.

Acontece que para a maioria de nós a noção de risco é assimétrica: o nosso temor de perder dinheiro é muito maior do que a vontade de ganhá-lo. As pessoas normalmente sacrificam uma parcela enorme de ganhos para garantir que não irão perder o principal. Esse simples fato explica muita coisa: a venda de uma ação logo após um pequeno lucro ("não posso perder o lucro"), a pessoa segurar uma ação após uma queda expressiva ("a ação vai voltar e vou recuperar o que perdi"), o fato de algumas pessoas investirem 100% em renda fixa ("não posso perder o principal"), etc. etc. Enfim, essa concepção assimétrica de risco levou à teoria pós-moderna do portfolio, em que risco é o "shorfall risk", em que é calculado o desvio-padrão apenas dos retornos negativos da média, ignorando a variação na alta.

A grande maioria das publicações que encontro considera risco na maneira usual, i.e. como volatilidade do ativo. Acontece que para aqueles que utilizam o investimento a longo-prazo, é muitíssimo comum encontrarmos duas falhas na concepção de risco:

  1. As análises quase sempre utilizam a volatilidade anual do investimento. Acontece que nem todos vão retirar 100% do investimento em 1 ano. E para quem fica 5 anos? 20 anos? A volatilidade com certeza será diferente...
  2. As conclusões quase sempre são baseadas em retornos nominais, desprezando a inflação do período. Para aqueles que investem a curto-prazo a inflação é quase desprezível, mas para nós que investimos no longo-prazo ela faz uma enorme diferença.
A primeira falha é muito mais grave do que a segunda. Vejamos o gráfico da fronteira eficiente "comum" entre títulos de renda fixa e bolsa de valores com volatilidade anual:



Esse gráfico simplesmente deu o pontapé inicial na teoria moderna do portfolio, desenvolvido por Markowitz em 1952. Ele mostrou na época os poderes da diversificação e a noção de porfolios eficientes, além da surpresa de que a utilização da combinação de até 20% bolsa/80% renda fixa possui MENOS risco e maior retorno do que 100% renda fixa. O problema deste gráfico é que ele utiliza os retornos e desvios-padrões anuais dos ativos.

O que acontece quando pegamos esse gráfico e utilizamos dados para períodos de 5, 10, 20 anos? Isso é assunto pro próximo tópico...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Atualização Mensal: Maio 2009 (R$61.914,17, +R$10.651,49)

Pegando carona na alta significativa da bovespa, tive mais um mês maravilhoso. Com receitas extraordinárias de mais do que 100% do meu salário (R$3.100,00), consegui aumentar meu patrimônio em R$10.651,49, ou 20,8% comparado ao mês anterior. Nada mal para um cara que ganha R$3.000,00 por mês!

Gráfico do meu patrimônio e projeção de acordo com o plano (cliquem para ver o gráfico maior):



Graças ao crescimento significativo do patrimônio eu cheguei pela primeira vez à marca de 4 meses de adiantamento frente à minha projeção. A tendência é que esse adiantamento se reduza a zero até outubro, pois hoje eu já esbarrei na barreira de 30/10/2009, em que projetei o recebimento da antecipação da herança e um patrimônio de longínquos R$140.000,00.

Portfolio:



Dentro do projetado. Estou aproveitando a oportunidade do empréstimo garantido e seu belo retorno de 2% com risco zero. Os juros dos R$2.500,00 do mês passado (R$50,00) eu torrei com bebidas apliquei na bolsa. Estou pensando seriamente em aumentar minha alocação em renda variável para o mais próximo possível de 100%. Vou detalhar (muito) mais sobre isso no próximo tópico.

Porfolio em valores, junto com ROI:



Ah, como é bom ver pela primeira vez um ROI positivo. Como o prazo médio dos meus investimentos em RV é de 0,7 ano, o meu retorno já está acima da inflação, o que é surpreendente pra quem há menos de 1 ano atrás se desesperou viu o ROI bater em -40%.

Notas relevantes:

  • Desisti de acompanhar receitas e despesas. Muito trabalho para algo que já tenho na minha cabeça.
  • Como alguns de vocês devem ter percebido, eu retirei o capital de giro e sobras da corretora como parte do portfolio, simplesmente pela comodidade de não ter que contabilizar cada saque ou depósito que faço nas contas do banco e da corretora. Isso torna o resultado desse mês ainda mais impressionante, pois essa decisão equivaleu a um "resgate" de quase R$1.000,00 comparado ao portfolio do mês anterior.
  • Hoje comprei 13 PIBBs a R$79,40 cada e 25 PIBBs a R$79,50 cada. Pagando zero de corretagem :)
  • Muita gente tem me perguntando onde que faço os gráficos "bunitinhos". Excel 2007.
  • O Home Broker da Link é bem diferente do HB da Ativa. Em algumas coisas muito melhor, em outras muito pior!