Taí mais um assunto praticamente inexistente aqui na terra brasilis, mas muitíssimo importante principalmente para quem adquiriu recentemente a independência financeira: o risco da sequência de retorno (sequence of return risk).
O RSR é uma decorrência da volatilidade dos ativos, principalmente o shortfall risk. No paraíso dos investimentos, a classe de ativo de maior retorno teria volatilidade igual a zero. Ou seja, o retorno seria constante, invariável e alto. Como sabemos, a realidade é bem diferente. Em um mês o ativo pode dar um retorno bem alto, em outro retorno negativo, etc.
O RSR é justamente o do indivíduo, recém-independente e portanto começando a fazer retiradas periódicas do portfolio, ver seu portfolio duplamente atingido por retornos negativos substanciais e pelos resgates efetuados.
O efeito pode ser devastador. Vamos imaginar um investidor que tenha $500.000,00, retire $25.000,00 (5%) ao ano corrigido por uma inflação de 3,5% ao ano em 4 hipóteses:
- Retornos altos nos primeiros anos e baixos nos últimos anos. (média de 8%)
- Retornos baixos nos primeiros anos e baixos nos últimos anos. (média de 8%)
- Retorno 0. (média de 0%)
- Retorno constante de 8%. (média de 8%)
A diferença é absurda, chegando a 170% do portfolio inicial entre retornos altos iniciais e retornos baixos iniciais.
Esse risco é um dos principais motivos pelo qual não se recomenda uma alocação de 100% RV em um portfolio com retiradas, mesmo que o portfolio tenha um horizonte infinito (previdência, p.ex.).
A utilização da estratégia de rebalanceamento pode em alguns casos ser prejudicial ao portfolio, pelo efeito feeding the bear, que é retirar ativos seguros e com retorno positivo para ativos recém-depreciados, mas que podem depreciar ainda mais, tornando as perdas nesse caso triplas! Veja como um portfolio em que incidem retiradas tem uma dinâmica completamente diferente dos portfolios "comuns". O foco não é em crescimento, mas na sobrevivência do portfolio e mecanismos que existem para controlar o risco (como o rebalanceamento) podem na verdade aumentar o risco de perda total do principal.
Diversos estudos foram feitos nos EUA com o objetivo de se verificar estratégias de retirada (withdrawal strategies) que protejam o portfolio contra o RSR. As conclusões que eles chegaram fica para o próximo post (pra variar kkkkk)...
O RSR é uma decorrência da volatilidade dos ativos, principalmente o shortfall risk. No paraíso dos investimentos, a classe de ativo de maior retorno teria volatilidade igual a zero. Ou seja, o retorno seria constante, invariável e alto. Como sabemos, a realidade é bem diferente. Em um mês o ativo pode dar um retorno bem alto, em outro retorno negativo, etc.
O RSR é justamente o do indivíduo, recém-independente e portanto começando a fazer retiradas periódicas do portfolio, ver seu portfolio duplamente atingido por retornos negativos substanciais e pelos resgates efetuados.
O efeito pode ser devastador. Vamos imaginar um investidor que tenha $500.000,00, retire $25.000,00 (5%) ao ano corrigido por uma inflação de 3,5% ao ano em 4 hipóteses:
- Retornos altos nos primeiros anos e baixos nos últimos anos. (média de 8%)
- Retornos baixos nos primeiros anos e baixos nos últimos anos. (média de 8%)
- Retorno 0. (média de 0%)
- Retorno constante de 8%. (média de 8%)
A diferença é absurda, chegando a 170% do portfolio inicial entre retornos altos iniciais e retornos baixos iniciais.
Esse risco é um dos principais motivos pelo qual não se recomenda uma alocação de 100% RV em um portfolio com retiradas, mesmo que o portfolio tenha um horizonte infinito (previdência, p.ex.).
A utilização da estratégia de rebalanceamento pode em alguns casos ser prejudicial ao portfolio, pelo efeito feeding the bear, que é retirar ativos seguros e com retorno positivo para ativos recém-depreciados, mas que podem depreciar ainda mais, tornando as perdas nesse caso triplas! Veja como um portfolio em que incidem retiradas tem uma dinâmica completamente diferente dos portfolios "comuns". O foco não é em crescimento, mas na sobrevivência do portfolio e mecanismos que existem para controlar o risco (como o rebalanceamento) podem na verdade aumentar o risco de perda total do principal.
Diversos estudos foram feitos nos EUA com o objetivo de se verificar estratégias de retirada (withdrawal strategies) que protejam o portfolio contra o RSR. As conclusões que eles chegaram fica para o próximo post (pra variar kkkkk)...