terça-feira, 27 de dezembro de 2011

500K

Pode ser temporário, posso deixar de ser "meio-milionário" pelos próximos 10 anos, mas a realidade, HOJE, é uma só...




Até 2012, povo!

Rumo ao milhão!!!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Voltando ao Básico III: Diversificação

"Cada investidor deve dividir seus recursos em três partes. Um terço deve ser investido em terras, um terço em negócios e o terço restante deve ser guardado como reserva de valor" - Talmud

Após ler texto criado pelo Zé intitulado "Diversificação é para os fracos" indicado pelo leitor Alex nos comentários, minha reação foi surpresa (pra não dizer revolta) em mais uma vez vermos informação errada sobre finanças sendo propagada por aí. Portanto, espada em punho, vamos trazer a verdade de volta!

Concorde comigo ou MORRA nas mãos de INEP4 e TOYB4!!!

O problema todo encontra-se nesses parágrafos, abaixo reproduzidos:

"Sim … não te contaram isso ? Espalhar o seu capital no mercado de ações em trocentas empresas não criará uma carteira diversificada. Quer ver ? E se amanhã o Mercado de Ações como um todo desabar 90% ? Ok, algumas ações cairão mais do que as outras … mas num índice de queda forte deste jeito convenhamos que todas se aproximariam de 90% de queda também. Concorda ?

Claro ! Todas elas continuam enfrentando os riscos inerentes ao Mercado de Ações como um todo ! Quer diversificar ? Que ao menos divida seu patrimônio entre formas diferentes de investimento !! Coloque 25% em ações (divida entre algumas ações se quiser … fazer o quê ?), 25% em ouro, 25% em imóveis e os outros 25% na renda fixa (poupança, títulos do tesouro, CDB). Isso sim seria diversificar …

Consegue ver que cada parte do seu patrimônio estará sujeito a diferentes “forças” ? Cada um destes 4 mercados andam de forma “independente”. (na verdade alguns costumam andar literalmente na direção oposta do outro)

Diversificar entre várias ações pode até ser confortável psicologicamente falando … mas para o seu dinheiro trará somente um retorno menor."


O texto acima, resumidamente, informa ao leitor que a única forma de diversificação correta seria entre classes de ativos, devido à forte correlação entre ativos de uma mesma classe (uma ação para outra, por exemplo) e baixa correlação entre classes diferentes (um imóvel para o dólar, por exemplo).

Em um artigo que escrevi há quase 2 anos sobre diversificação entre ações coloquei um gráfico muito interessante que mostra de maneira bem prática o benefício da diversificação intra-classe em ações, que segue novamente abaixo:

Esse gráfico é o clássico dos clássicos no que tange a diversificação do risco entendido como desvio-padrão, inspirado pelo texto de Evans e Archer (Diversification and the Reduction of Dispersion: An Empirical Analysis, 1968), que é considerado pedra fundamental desse entendimento.

Vamos ver na prática como fica o desvio-padrão com o número de ações adicionadas. Segue tabela retirada de Statman (How many stocks make a diversified portfolio, 1987), por sua vez retirado de Elton e Gruber (Modern Portfolio Theory and Investment Analysis, 1984):

Como vocês podem ver, adicionar ~15 ações já diminui em mais da metade o desvio-padrão do portfolio. Tudo isso tendo a mesma expectativa de retorno. O mercado obviamente sabe disso e, portanto, NÃO recompensa você por esse risco. Ele presume que, se você possui PETR4, ela está dentro de um portfolio de ações diversificado. Esse risco "extra" é o chamado risco não-sistêmico, que repito NÃO é recompensado pelo mercado.

Para piorar a história, devido à obliquidade do retorno das ações explicado aqui, se você possuir um número pequeno de ações há MENOS de 50% de chance de se igualar o retorno do mercado, pois quanto menos ações você tiver maior será a dispersão do resultado. Imagine que você tenha 3 ações e uma dela seja LUPA3 ou VAGR3: seu portfolio vai por água abaixo, em definitivo, sem você ser recompensado por estar tão concentrado.

O canto da sereia, no entanto, é outro: estude, dedique-se, leia muitos balanços que você será recompensado escolhendo empresas ótimas e tendo retornos excelentes! Para que investir em 30 empresas se você pode escolher as 3 MELHORES empresas do mercado?

A verdade, infelizmente, é que ainda não é possível prever o futuro lendo balanço, relatório, newsletter, etc. Nesses meus anos de estudo aprendi que nada pode ser feito além de manter os custos baixos, diversificar e, no máximo, expor-se à fatores adicionais de risco (tamanho, valor (pvpa, pe, peg, etc.), momentum, liquidez, losers, etc.). O mercado te recompensa pelo risco que você corre e não pelas horas que você estuda. Somos todos ignorantes quanto ao futuro.

Para aqueles que conseguem prever o futuro, no entanto, eu recomendo se dedicarem a coisas mais úteis...

4-8-15-16-23-42

Rumo aos 500k!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Desiludido com a Teoria Moderna do Portfólio

Sendo direto:

  • Por que a correlação presume-se constante quando na verdade ela aumenta nos piores momentos possíveis?
  • Por que o modelo não é escalonado por uma função desigual da utilidade econômica? Em outras palavras, por que o primeiro milhão vale o mesmo que o centésimo, sendo a realidade bem diferente? (até certo ponto corrigido pela Post-MPT/Fishburne)
  • Por que portfolios otimizados pela MPT muitas vezes possuem os piores índices sharpes subsequentes? Cheiro de data mining.
  • Talvez o ponto mais importante, central de toda a teoria financeira moderna: por que a expectativa de retorno de qualquer classe de ativo presume-se constante quando na verdade a mesma é modificada a depender do valor presente? Comprar o índice Nikkei em 1989 com PL de 95 possui a mesma expectativa de retorno de comprar o DJI com PL de 4 em 1932? Ou os bonds de 30 anos americanos que tiveram retornos de até 20% a.a. possuem a mesma expectativa de retorno de um yield atual que está em 3%? Qual das opções é a mais arriscada? Risco definido não apenas pelo desvio-padrão, mas pela capacidade que o ativo tem de produzir valor. Esse tal do risco, ô bicho estranho...

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Atualização Mensal: Novembro 2011

Mais um mês completado, e mais um mês que o portfolio tem performance negativa, graças às ações que teimam em cair como um bêbado numa festa. Como resultado, estou meros 3k mais ricos apesar do aporte significativo de 9k esse mês (dois salários investidos), com o patrimônio atual de R$483.793,37.





Notas relevantes:

  • Houve underperformance do MLV com relação ao MLCX e overperformance com relação ao Ibov.
  • Houve overperformance do SMV com relação ao SMLL.
  • Após 5 meses, finalmente uma performance decente do portfolio dos FIIs. Ainda assim, são 9% LÍQUIDOS de valorização em 9 meses, bem razoável tendo em conta da porrada que eu sofri com NSLU11B.
  • A renda fixa está como Juros 0,00 pois o CDB em que aplico, por definição, não possui cashflow.
  • Compras: BBAS3, DAYC4, BICB4, ABCB4, CRIV4 e EQTL3.
  • Sei que sou repetitivo nesse ponto, mas olhem a tabela da correlação dos ativos! Quem não investe em renda fixa ou imóvies está perdendo o mais próximo que temos de um almoço grátis!
  • Portfolio de renda fixa com praticamente 12% líquidos de rentabilidade em 9 meses. Tempos que não voltam mais...
Rumo aos 500k!

domingo, 27 de novembro de 2011

O Porquê de eu Investir



Engraçado que esses dias estava relendo meus posts inicias. Como minha vida era diferente há 2 anos e meio atrás! Portfolio de 50k, contabilizando até 50 reais que tinha emprestado a um amigo e o dinheiro que tinha na carteira.

Hoje os tempos são outros. Portfolio praticamente 10x maior, renda 3x maior, mas a preocupação com relação ao futuro permanece exatamente igual como antes.

Após muita reflexão, depois de todos esses anos descobri o porquê de eu investir de forma tão focada, guardando 80-90% da minha renda por mês. Descobri que não tenho aversão ao trabalho como imaginava e nem consigo me imaginar ocupando 16h vagas todo santo dia.

Descobri que minha aversão, por mais irônico que seja, é à incerteza. Incerteza do futuro: não apenas o distante, mas também o próximo. A verdade, e aqui vai uma pequena revelação, é que a forma como minha vida se desenvolveu me tornou altamente dependente do cargo que atualmente possuo. Caso no futuro a empresa em que eu trabalho venha a ter dificuldades/falir, meu reposicionamento profissional certamente será extremamente complicado, possivelmente passando a ganhar 1/4 do que ganho hoje, ou até mesmo amargando um longo período de desemprego. Isso me preocupa. Muito.

Daí vem o meu portfolio como remediador dessa incerteza, e minha busca incessante de fazê-lo cada vez maior. Existem outras alternativas igualmente válidas: empreendedorismo, concurso público, nova formação...


Um portfolio de 1,5 milhão, ou uma renda alternativa de 5k certamente me fariam uma pessoa muito mais tranquila. Até lá, vou pintando a estrada do meu próprio futuro, real por real...

Rumo aos 500k!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Atualização Mensal: Outubro 2011

O mês de outubro foi marcado pela forte recuperação das bolsas mundiais causado pela definição do calote grego. A bolsa brasileira não foi diferente, ficando 11,49% mais cara em 30 dias. A meu ver, a situação a médio prazo continua catastrófica pela crônica incapacidade dos governos de diminuir seus déficits, gerando débitos impagáveis, excetuadas a emissão de moeda ou o calote. Situações como a dos EUA, Itália, Japão, Portugal e Irlanda já são insustentáveis.

No entanto, como o futuro continua basicamente impossível de se prever, continuarei ad eternum a alocação prevista na minha política de investimentos, ou seja 10/20/70 Renda fixa/Imóveis/Bolsa.

Apesar da forte recuperação do meu portfólio, que teve performance de +4,17% e levou o meu patrimônio aos R$480.000,00, a verdade é que esse foi mais um mês de underperformance tanto nos imóveis (-1,55%) causado pela tentativa de calote da NSLU11B quanto nas ações (+7,29%/+5,91%) quando comparados com seus respectivos benchmarks (+8,90%/+6,89%). Cabe ressaltar que a minha estratégia de investir tanto no value premium quanto no small premium podem levar décadas até a sua manifestação (o desvio-padrão dos prêmios é alguns múltiplos do prêmio em si). Enquanto o Small Premium por enquanto tem se manifestado (+6,21%), o Value Premium hoje é negativo (~-6%). No entanto, cálculos que tem como base dados de alguns MESES possuem a mesma utilidade do tal do Didi da Mycap (nenhuma), portanto... vamos em frente!

Dados:


Destaque para a excelente (falta de) correlação entre os ativos.

Gráfico bacana:


Ibov passou a lanterna ao meu querido portfolio MLV. Quem quer apostar que daqui a 10 anos o MLV vai estar acima do RF?

Compras efetuadas no mês, basicamente advindas de reinvestimento de aluguéis, dividendos, sobras da corretora e uma pequena ajuda:
  • 100 CMIG3 a 22,81 cada (tks derp)
  • 300 SFSA4 a 3,50 cada
Como meu salário não veio esse mês as compras foram bem comedidas.

Notas relevantes:
  • A underperformance notada nos portfolios era uma overperformance de quase 2% nos dois primeiros dias do mês.
  • Aluguéis em baixa. Salvem-me, JBS e Marfrig!
  • Nenhuma compra extraordinária prevista para esse mês.
  • Para os curiosos, o Small Premium dos últimos 12 meses nos EUA é -3,16%, enquanto o Value Premium é -7,65%. Historicamente, o Small Premium nos EUA é de ~2% a.a. e o Value Premium é de ~4% a.a.
  • Renda fixa rendeu um pouco mais pois 50% dela está indexada pela inflação. Valeu, Dilmão! /s
Rumo aos R$500k!

sábado, 1 de outubro de 2011

Atualização Mensal: Setembro 2011

Bem, o que posso dizer a não ser... CAOS. Com a bolsa caindo pelo sexto mês seguido, a diversificação do meu portfolio não foi suficiente para impedir o gosto de sangue ao final do mês. Resultado: estou ~R$15.000,00 mais pobre, mesmo após aportar e reinvestir os dividendos/aluguéis.


Dados (clique para ampliar):


A era PIBB do meu portfolio finalmente chegou ao fim. Vendi as últimas 55 quotas a R$81,00 cada. Além disso vendi as ações JHSF3 que possuía a R$4,61 cada (não cumpria mais o critério de valor). Com o valor do PIBB, JHSF3, dos dividendos e aluguéis esse mês eu comprei:

  • 100 FIBR3 a R$14,73
  • 100 VALE5 a R$40,80
  • 100 VALE5 a R$39,57
  • 500 EQTL3 a R$11,52
Finalmente o turnover do meu portfolio deve diminuir, assim como meus custos com corretagem. Não planejo fazer nenhuma compra/venda extraordinária no mês de outubro.

Eu fiz um gráfico bem bacana comparando a performance do meu portfolio:


Tudo completamente dentro do previsto. Correlação bem alta com os benchmarks, variando overperformance e underperformance, com exceção do Ibov que tem se saído muito mal.

Rumo aos R$500k!

sábado, 10 de setembro de 2011

Voltando ao básico II: Valor da ação/quota e Distribuição de Proventos

Nos comentários da minha última atualização mensal surgiu uma dúvida que, apesar de ser simples, parece levar a erro muita gente. A questão é: São os dividendos/proventos uma farsa?

O raciocínio (errado) de alguns leitores: Se uma ação/quota FII vale R$100,00 e há a distribuição de R$1,00 de dividendos, no outro dia antes da abertura do mercado sua quota valerá R$99,00 e você terá R$1,00 na sua cota. Mera transferência de patrimônio, investir em bolsa é um engodo, etc.

O raciocínio correto é o seguinte: ações e quotas FII nada mais são do que uma fração ideal sobre a uma empresa ou uma propriedade, respectivamente. Vamos presumir também que os mercados são razoavelmente eficientes (e eles são). Para tornar a comparação bem simples, vamos ver lado a lado uma casa alugada e um FII.

Digamos que voce tem uma casa de R$100.000,00 e aluga por R$500,00. Digamos também que você tem R$100.000,00 de cotas FII que distribui R$500,00 de proventos por mês.

Ao final do mês você receberia da sua casa R$500,00 e ela continuaria valendo os mesmos R$100.000,00. E no FII, ao final do mês ela deveria valer os mesmos R$100,00? Claro que nao, o valor justo é R$100,50, pois ela além de possuir o imóvel agora possui R$500,00 em saldo para distribuir aos investidores. Portanto, distribui-se R$500,00 (0,50) por cota e o valor volta aos R$100,00 originais.

Essa diferença de R$0,50 que se constrói durante o mês é o que chamamos de fechamento de gap. Esse fechamento não pode ser instantâneo por dois motivos: No nosso exemplo, no dia seguinte da distribuição o imóvel do FII não já está com outro aluguel na conta, portanto o valor justo dele continua R$100,00. A medida que o mês vai passando, a tendência é do preço aumentar até chegar aos R$100,50 quando da distribuição dos proventos, pois se aproxima a data da nova distribuição. O fechamento de gap também não pode ser imediato pois geraria um almoço grátis, que bastaria ao investidor comprar no dia COM, vender no dia EX pelo mesmo valor e embolsar os proventos/dividendos.

Os proventos acumulados, portanto, sempre estão refletidos no preço de uma ação ou quota, razão pela qual quando da distribuição dos proventos o preço da ação/quota será: Valor da empresa/imóveis+lucros acumulados. Quando há a distribuição a única parte que se retira é o lucro acumulado, e não uma parte da empresa ou do imóvel em si.

Pra quem até agora não entendeu eu recomendo isso aqui:

Bom fim de semana a todos!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Atualização Mensal: Agosto 2011

Terceiro mês seguido que o portfolio fecha no negativo, e esse mês a coisa foi feia: leve underperformance no porfolio LV (-0,06%) e massiva underperformance no portfolio SV (-5,1%), causada principalmente pela querida Marfrig (~-50%) e Santanense (~-20%), as duas maiores posições que tinha no portfolio.

De quebra, FEXC11B caiu e meu portfolio de imóveis também ficou no vermelho.

No geral, estou ~R$11.000,00 mais pobre, isso porque fiz um aporte completamente extraordinário esse mês de quase R$10.000,00. Mês que vem devo investir muito pouco.

Tabelinha para os interessados:

Vejam como a correlação razoável entre os ativos está dando uma aliviada boa na volatilidade. Alguém mais percebeu como a porcentagem de renda passiva está ficando sempre em 0,33% a.m. (4%a.a.) ou mais? Hum... será que vou acabar vivendo só de dividendos?

Para os mais curiosos ainda, um gráfico recém saído do forno com todas as minhas posições:



Desinvestimento do mês: 260 PIBB11 a R$74,79 cada. Mês que vem é o fim da era PIBB no meu portfolio.

Investimentos do mês:

  • 600 SANB11 a R$13,64 cada
  • 100 ELPL4 a R$29,77 cada
  • 200 TLPP3 a R$40,16 cada
  • 1200 TERI3 a R$2,41 cada
  • 500 MAGG3 a R$5,76 cada
  • 400 MRFG3 a R$7,38 cada
  • 300 BICB4 a R$8,51 cada

Mês que vem sai JHSF3 (P/VPA muito alto) e entra GOLL4!

Pra quem está curioso com essa diferença de performance do meu portfolio, especialmente o SV, aqui vai uma tabela bem interessante:

Que tal começar a investir em Small-caps em 1984 e até hoje estar com underperformance com relação às Large-caps? Ou estar perdendo quase 10% esse ano só por investir em valor?

Ignorância é felicidade...

Rumo aos R$500k!

sábado, 27 de agosto de 2011

Aporte x Rentabilidade: O que é mais importante?

É incrível como mais uma vez vejo os comentários do blog e o pessoal "se batendo" com coisas básicas, apresentando um recency bias que me faz ter certeza que o ser humano continuará cometendo os mesmos erros até o armageddon no que se refere a finanças.

A bola da vez agora é a rentabilidade dos ativos, ou como ela é de pouca ou nenhuma importância quando comparada aos aportes a um portfolio.

Vamos voltar ao básico e deixar claro o peso de cada variável no caminho à independência financeira, com o auxílio da equação básica de juros compostos:


J = Juros
C = Capital
i = taxa
n = períodos

Ao final de um portfólio, nada mais teremos do que C+J. Portanto, o nosso objetivo como investidores é aumentar ao máximo possível tanto o capital quanto os juros.

Vejam, no entanto, que o juro é capitalizado EXPONENCIALMENTE pelo tempo (n). Isso significa, a título exemplificativo, se aumentarmos 4x a variável n podemos diminuir 9,5x (-95%!!) o capital (C) com um i de 0,1. Portanto, pela própria matemática da coisa podemos extrair a lição elementar: Comecem a investir cedo, PORRA. Isso é fundamental. Um capital de R$200 reais investido por 40 anos a 10%a.a. equivale a um de R$3.500,00 investido por 10 anos. Portanto, por menor que seja a quantia inicial ela faz sim muita diferença no longo prazo.

Na verdade, o tempo é tão importante para a montagem de um portfolio que em um horizonte de investimento típico de um investidor (40 anos), os 10 primeiros anos valem mais do que os outros 30. Façam os cálculos vocês mesmos e comprovem.

Além do tempo, temos o tema do artigo em si: Aportes e rentabilidade. Os dois possuem importância inversamente proporcional ao tempo de um portfolio. Isso quer dizer que no início da fase de acumulação os aportes são muito mais importantes, já na fase final a rentabilidade é o que importa.

Em um artigo anterior eu já postei uma simulação hipotética de dois investidores, um aportando 10% do salário a uma taxa de 5% e outro aportando 5% a uma taxa de 10%. Segue ela novamente:

Vejam como nos primeiros 25 anos quem aporta mais está em vantagem. Já ao final do prazo o portfolio com maior rentabilidade é quase 60% maior.

A questão é que a grande maioria dos leitores do blog possuem portfólios muito novos e não puderam apreciar na prática o poder dos juros compostos, ainda mais com a bolsa brasileira não dando qualquer tipo de retorno ao investidor nos últimos 4 anos.

O meu objetivo é viver de renda com no mínimo 3 milhões de reais. Quando meu portfolio tiver esse tamanho qualquer 1% a mais ao ano irá representar R$30.000,00, um valor de praticamente de 1 ano de aportes. Uma queda de 50% no início de um portfolio pode significar um mês de trabalho a mais. Uma queda semelhante no final do portfolio é irreparável e catastrófica. O inverso também é verdadeiro: uma alta de 50% pode te salvar 15 dias de trabalho no início de um portfolio ou 15 anos ao final dele.

Isso não significa, no entanto, que eu terei que devotar horas e mais horas do meu dia dando atenção ao meu portfolio. Se uma coisa que eu aprendi de forma muito clara é que definitivamente NÃO há uma relação entre estudo/conhecimento x rentabilidade, ou em termos mais técnicos: o alpha não existe. Qualquer investidor que invista 30% em PIBB, 30% em SMAL11 e 40% em renda fixa se sairá melhor que 90% dos investidores em 5 anos e até 99% dos investidores em 15 anos ou mais. Eu não estou tirando esses números da minha bunda: basta olhar o percentual dos fundos mútuos ativos americanos que batem o s&p500 em 15 anos. Mantenha-se passivo, rebalanceie 1 vez ao ano e não faça market timing. FIM. Esse portfolio que qualquer idiota pode seguir se sairá de forma maravilhosa a longo prazo, oferecendo uma relação risco/retorno bem interessante, e sem necessidade de acompanhar mercado, ler balanços e perder aquilo que você tem de mais precioso: seu tempo.

Investimento não é algo complicado. Já o tal do investidor...

"Se eu aumentar o load SmL do meu portfolio em 0.1 aumentarei o sharpe ratio em 0.03 com um VaR idêntico!"

Boa semana a todos!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Voltando ao básico: Market Timing

Esse mês tem sido no mínimo interessante para quem investe em ações. Temporada de resultados, volatilidade em alta e muito, muito sangue. Só para vocês terem uma idéia, meu portfolio Small/Micro Cap já acumula 13% de perdas só esse mês. Valeu Marfrig!

Para minha surpresa (e de muitos) verifiquei a atualização mensal do grande colega Investimentos e Finanças, em que o mesmo simplesmente liquidou toda a posição que tinha em ações e investiu em imóveis e renda fixa, em antecipação a uma baixa do Ibov que felizmente para ele - e infelizmente para nós - de fato ocorreu.

Que lições podemos tirar desse fato? Seriam os buy-and-holders otários por suportar integralmente o fat tail risk? Seria o Invest. e Fin. um excelente investidor por ter desviado dessa queda?

Obviamente, estamos falando aqui de Market Timing, ou em outras palavras "EU CONSIGO PREVER O FUTURO".

Alguns estudos já foram feitos sobre Market Timing, e os resultados são no mínimo surpreendentes. De acordo com o Investment Company Institute o fluxo de investimentos geralmente vai CONTRA os retornos de um ativo. Ou seja, os investidores tendem a vender na baixa e comprar na alta.

O estudo anual feito pela DALBAR também corrobora a idéia de que os investidores comuns são péssimos market timers, pois o retorno dos mesmos é sempre significativamente inferior ao do mercado (estamos falando de 6-8% ao ano, TODO ano).

O motivo dessa underperformance é claro: o investidor comum está a todo momento mexendo no seu portfolio (turnover) e tentando advinhar que caminho o mercado caminhará (market timing). Um alto turnover gera custos e portanto reduz o retorno de um portfolio. Market Timing implica em períodos fora do mercado. Como ações possuem uma expectativa de retorno positiva, quando menos tempo no mercado menor será o retorno do portfolio, em média. A argumentação é a mesma de DCA x Lump Sum Investing.

Interessante também que não são apenas os pequenos investidores que não conseguem se antecipar ao mercado: bancos como Goldman Sachs emitem bonds pouco antes de uma queda significativa de yields de renda fixa.

Para resumir, a Vanguard criou um texto muito bom sobre o assunto, que pode ser encontrado aqui e que expõe de forma magistral a ineficiência do Market Timing.

O fato de investidores experientes como o Inv. e Fin. cometerem esse tipo de erro elementar mostra quão suscetível o investidor comum está a bias emocionais quando valores mais altos estão envolvidos. É muito, muito difícil não ser avesso à volatilidade quando 10-20 anos de seu trabalho estão em jogo.

Frise-se aqui que não podemos confundir estratégia com resultado. A estratégia do Invest. e Fin. foi péssima, mas o resultado foi ótimo. As chances estavam contra ele e o mesmo teve sorte, e apenas isso. Fazendo uma analogia ao extremo, não é porque alguém ganha na mega-sena que "investir" em loteria vale a pena.

Também fico impressionado com as constantes mudanças no portfolio dos amigos de batalha nos blogs:

  • Invest. e Fin. usava portfolio permanente, depois trocou ETFs por ações individuais, depois eliminou ouro do portfolio, depois voltou a usar ETFs, depois aumentou a alocação em ações e agora extinguiu a alocação em ações. Isso tudo em menos de 2 anos!
  • O Investidor Defensivo fazia lancamento de opções, depois passou a comprar PIBB, depois passou a usar SMAL e agora só possui SMAL na carteira de ações.
  • O Vida Boa Investimentos vendeu todo o portfolio para dar entrada em um imóvel.
  • O I40 compra ações, vende ações, compra PIBB, compra câmbio...
Muito de vocês devem estar pensando: "E você, VR, que tinha PIBB, vendeu PIBB, comprou ações e comprou FIIs?"

Quanto à mudança de PIBB para ações individuais de fato foi uma mudança radical e, a meu ver, bem fundamentada, refletida durante meses a fio e discutida neste blog ad nauseam. Essa mudança não mudou em nada a passividade do investimento em ações, além de ter me comprometido pelas décadas seguintes com o investimento em valor nos moldes dos estudos de Fama&French. Já a mudança na alocação de ativos estava prevista na minha DPI (Declaração de Política de Investimentos), que ainda não publiquei aqui pois não está completa mas que prevê, dentre outras coisas, portfolios com até 40% em renda fixa com a evolução do meu patrimônio.

O ato de investir deve ser mecânico. Investir de forma diversificada implica em possuir ao menos um ativo que você "não gosta". Agir de forma diferente é se sujeitar às intempéries emocionais que possuem a capacidade ímpar de te fazer perder dinheiro.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Atualização Mensal: Julho 2011

Stay the course. - John Bogle

Com o cenário macroeconômico deteriorando mês após mês, a bolsa brasileira não tinha outro caminho a seguir senão para baixo. Como o mundo está segurando a respiração até o dia 02 de agosto pelo resultado da Usiminas pelo aumento do teto da dívida americana, a volatilidade só tende a aumentar de forma violenta, seja para cima ou para baixo.

Meus desejos do mês anterior tornaram-se realidade e a temporada de compras está oficialmente aberta. Não sei quanto tempo durará a promoção, nem se os descontos irão aumentar, mas a bolsa tem uma boa chance de recompensar os pacientes no longo prazo.

Resultado do portfolio na imagem abaixo (cliquem pra ampliar):


Portfolio Large-crap abaixo do MLCX, portfolio Small/Micro-Cap acima do SMLL. O fato de eu ter decidido investir em ações Small/Micro-Cap já me evitou a perda de mais de 15 mil reais. O copo está meio cheio, não é mesmo?

Observem também a diversificação na prática: a correlação entre a renda fixa e a renda variável é significativamente negativa e está ajudando bastante a diminuir a volatilidade e, de quebra, aumentando a rentabilidade nesse mercado fudido lateralizado.

Por mais que eu queira dourar a pílula, a verdade é que, mesmo tendo aportado mais de 10k esse mês, eu consegui ficar R$4.000,00 mais pobre.

Foram vendidas PIBB11 e compradas EUCA4, CCIM3, TRPL4, HYPE3 e BBAS3, tudo de acordo com meu plano de investimento.

Nada como o cheiro de sardinha frita às 10:00

Que o sangue continue jorrando! Rumo aos R$500k, nem que seja na força bruta!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Atualização Mensal: Junho 2011

Bem pessoal, pensando em não deixar vocês na mão, segue a atualização mensal mega expressa, com os dados mais importantes na tabela abaixo (clique pra ampliar!). De brinde, a matriz de correlação entre os diferentes sub-portfolios, provando de forma inequívoca a importância da diversificação.



Para os críticos, saibam que cada centavo do meu portfolio possui suor impregnado nele. Se não tivesse, no entanto, não faria diferença, pois o valor de alguém ou de uma estratégia independe da origem do dinheiro. Aos amigos, espero muito em breve poder me dedicar aqui como gostaria.

Abraços e excelente mês a todos! Que o ibov caia ainda mais!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mudanças...

Pessoal,

Inicialmente quero esclarecer que não morri, não matei ninguém, não perdi todo o dinheiro nem ganhei na mega sena. Estou passando por um momento delicado na minha vida e não mais poderei atualizar o blog na frequencia que gostaria, o que me impede de garantir as atualizações mensais, ao menos na forma em que eram feitas.

Para os mais curiosos (quem eu quero enganar... TODOS vocês são curiosos) meu patrimônio hoje é de ~495k e a performance em junho ficou um pouco abaixo do Ibov.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Banco Sofisa - Uma alternativa melhor que o Tesouro Direto

O meu empréstimo garantido infelizmente está chegando ao fim. O devedor já me devolveu R$30.000,00, que foram devidamente realocados em ações Large Cap (100 ENBR3, 100 ELPL4, 300 CMIG3, portfolio bem energético hehe), em ações Small Cap (300 SLCE3, 600 FHER3) e em ações Micro Cap (1300 SFSA4), tudo de acordo com minha alocação de ativos 10/20/35/35.

A questão é que nos próximos dias receberei os outros R$50.000,00, e esse valor deverá obrigatoriamente ser investido em renda fixa. Coincidentemente, conheci pela internet o Sofisa Direto, um CDB que apresenta a mesma segurança da poupança até R$70.000,00, é totalmente isento de tarifas (com exceção do famigerado IR) e com taxas mais atraentes que o Tesouro Direto.

O mais interessante é que ele também oferece CDBs indexados pela inflação (IPCA) com taxas bem atrativas (7,8%). Para quem não precisa de liquidez no curto prazo e que busca uma maior rentabilidade em renda fixa (e quem não busca?) sugiro fortemente investirem no CDB do Banco Sofisa. É o que farei.

A partir dessa semana passei a ser acionista do Banco Sofisa (grande merda, eu sei), então sugiro a todos a analisarem bem o produto e os argumentos aqui colocados, mas desde já adianto que, salvo o limite do FGC, não há o que se reclamar.


Rumo aos R$500k (a cada dia mais distantes) !

terça-feira, 31 de maio de 2011

Atualização Mensal: Maio 2011 (R$497.126,13, +R$6.726,17, +0,51%)

Mais um mês que eu achei que iria fechar no vermelho e fui surpreendido positivamente pela diversificação dos meus ativos. Como resultado, estou 1,37% mais rico do que no mês anterior.

Pessoal, a atualização desse mês vai ser rápida por um único motivo: CANSAÇO. Vamos lá:

Portfolio (+0,51%):



Valores:

Como as ações SPRI3 não mais cumpriam sua função de valor (p/vpa alto), tive que vendê-las assim que foi possível (leilão de abertura de 01/05), a R$1,20 cada. Aparentemente foi num timing bom, visto que as mesmas hoje estão cotadas a R$0,67 cada. Essa grana (junto com a venda do KNRI11) foi providencial para eu realizar a subscrição de 207 quotas de FEXC11B a R$105,00 cada, que serão, assim como as SPRI3, vendidas assim que possível (15/06). Resolvi subscrever as cotas pois não havia mercado para vender os direitos.

No campo das Large-Cap não fiz qualquer compra ou venda. Já nas small-caps, além da venda das SPRI3, comprei 400 FESA4 com o $ do salário e do empréstimo, 100 a R$11,14 e 300 a R$11,18 (malditas ordens parcialmente executadas). Aparentemente também foi uma boa entrada, visto que já apreciaram quase 10% em menos de 1 mês.

Houve overperformance no portfolio LV (-1,12% vs. -2,42% do MLCX) e underperformance do SV (-0,75% vs. -0,14% do SMLL). Por conta da subscrição o portfolio de imóveis teve uma performance fantástica, fato esse que não irá se repetir no futuro.

Rumo aos R$500k!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Atualização Mensal: Abril 2011 (R$490.399,96, +R$10.037,05, +1,06%)

Esse mês foi um exemplo clássico de como funciona a diversificação em um portfolio. Enquanto o índice Ibov caiu -3,58% no mês junto com meu portfolio mid-large cap (-3,74%), a performance do portfolio foi de saudáveis +1,06%, enquanto meu patrimônio cresceu 2,09%. Nada mal para um mês turbulento e que tinha tudo para fechar no vermelho.

Mais um pequeno passo dado para a independência financeira.

Projeção Patrimonial (clique para ampliar):


Esse gráfico da forma como está aí é praticamente inútil. O próximo tentarei fazer logarítmico para fazer jus à volatilidade na crise de 2008, etc.

Portfolio (+1,09%):


É incrível como os aportes e o reinvestimento das rendas conseguem tornar o trabalho de rebalanceamento bem mais fácil. Dificilmente terei que fazer grandes mudanças quando o portfolio completar um ano e eu fizer o rebalanceamento obrigatório.

Se as porcentagens permanecerem assim o próximo aporte será em imóveis (8,1% distante da meta).

Portfolio Mid-Large Value (-3,74%):


Pense em compras completamente desastradas. Foi exatamente o que fiz com esse portfolio esse mês. Vendi 200 quotas PIBB a R$96,29 cada (vendi mal), no entanto eu comprei:

  • 300 PETR4 a R$28,59 cada
  • 300 USIM5 a R$19,95 cada
  • 300 BVMF3 a R$11,74 cada
  • 100 USIM5 a R$16,20 cada
  • 100 CPLE3 a R$39,22 cada
Daí vocês imaginam o tamanho do NABO que eu levei, graças principalmente a Petro (que tal perder mais de 10% em menos de um mês?) e Usiminas (quase 20% de FUMO em 20 dias). Ainda assim consegui ter uma performance paralela ao Ibov (-3,58%), MLCX (-3,79%) e Ibrx-50 (-4,11%).

Portfolio Imóveis (+2,44%):


Os aluguéis foram reinvestidos no portfolio Small Cap. FEXC11B com muita volatilidade (não que eu me importe com isso).

Portfolio Small-MicroCap Value (+5,18%):




O portfolio teve um retorno fantástico, graças quase que exclusivamente por causa de uma única ação: SPRI3 (Springer). Um balanço trimestral com prejuízo e uma notícia de desdobramento de ações (que valiam magros R$4,XX cada) foi o suficiente para causar um frenesi e empurrar pra cima em 158,1% a ação.

Destaque positivo também para SULT4 (+23,6%) e MRFG3 (+18,4%). Destaque negativo para POSI3 (-10,4%, a empresa mais espancada da bolsa) e CTNM4 (-5,6%).

Foram compradas 500 PRVI3 a R$6,28 cada.

Mês que vem terá Swap entre Klabin/Suzano com Energias BR/Eletropaulo devido à recomposição do MLCX e SMLL.

Valores (cliquem para ampliar):


O que mais me impressionou nos valores foi o quanto eu ganhei (líquido!) de aluguel das ações esse mês: R$218,16! Isso dá mais de 0,5% por ano, o que é significativo no longo prazo (0,5% a mais por ano significa me aposentar com mais de R$1.000,00 a mais por mês). Como consequência, a "taxa de administração" do portfolio também está negativa.

Rumo aos R$500k!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Posts via e-mail!

Como se já não bastasse vocês acessarem tanto as atualizações mensais como meus artigos de forma completamente gratuita, a partir de agora os mais preguiçosos (ou seja, todos vocês) terão mais uma comodidade: Acesso aos novos posts diretamente na sua caixa de entrada! Basta colocar seu e-mail no campo ao lado e ativar seu e-mail!


Típico leitor do Viver de Renda que xinga muito no twitter

quinta-feira, 31 de março de 2011

Atualização Mensal: Março 2011 (R$480.362,91, +R$25.133,00, +2,98%)

Esse mês para mim foi um mês de novidades: ler resultados trimestrais e torcer por uma empresa como eu torço pelo meu time. Perder mais algum tempo calculando valores de quotas a cada nova compra. Abrir diariamente o home broker pra ver as maiores altas e maiores baixas, bem como o site da CBLC pra ver que papéis foram alugados e que aluguéis foram liquidados. Acima de tudo, ver o patrimônio líquido ao final do mês e se assustar. Quase meio milhão de reais. Vocês leram essa palavra? MILHÃO. R$500.000,00 pode comprar um apto de 50m² no Leblon, mas pra mim esse valor representa muito mais: representa sonhos, suor, sorte e acima de tudo a expectativa de um futuro tranquilo, de obter a tão sonhada independência financeira. Mas vamo que vamo, pois o horizonte é longo e o caminho é tortuoso...

Esse acréscimo de ~R$25.000,00 é explicado não só pelo retorno do portfolio, mais também pelos aportes significativos, afinal apliquei 2 salários (só recebi o salário de fevereiro em meados de março) e 4 meses de trabalho que recebi de vez da minha segunda fonte de renda (que totalizou 3k). Com isso, estou 5,52% mais rico que o mês anterior e com 100% a mais de trabalho pra fazer a atualização mensal!

Patrimônio líquido:



Graças a minhas incríveis capacidades computacionais, agora vocês podem enxergar alguma coisa desse gráfico, que, por não estar em escala logarítmica não explica muita coisa. Essa barra vermelha em breve será eliminada.

Portfolio:


A grande maioria dos aportes e reinvestimentos foram dirigidos ao portfolio Small&Micro Cap Value, objetivando a alocação 10/20/35/35.

O retorno do portfolio no mês foi de +2,98%.

Portfolio Mid-Large Value:


Conforme planejado, desfiz-me de 150 quotas PIBB a R$92,30 cada, e com esse dinheiro comprei:
  • 1000 KLBN4 (Klabin) a R$6,00 cada.
  • 100 SUZB5 (Suzano) a R$13,98 cada (não me esqueci delas)
  • 300 GOAU3 (Gerdau) a R$21,91 cada.
Apesar de GOAU3 não fazer parte do índice MCLX, preferi o mesmo a GOAU4 pois, além de serem exatamente a mesma empresa, pagam exatamente o mesmo dividendo, sendo a primeira mais barata por questão de liquidez. Como eu estou me fodendo pra liquidez, paguei mais barato e vou aproveitar os dividendos maiores proporcionalmente. Por sinal, a ação afundou mais de 3% desde que eu comprei ela.

Com um dos aportes eu também comprei 100 CPLE3 a R$37,01. Eu não tinha perspectiva nenhuma de fazer compras com aporte nesse portfolio esse mês, mas quando vi no HB um leilão gigante jogando o preço lá pra baixo resolvi aproveitar a oportunidade, que até então tem valido a pena uma vez que 3 dias após a compra a ação já está valendo R$39,49. Os motivos de ter comprado CPLE3 ao invés de CPLE6 são os mesmos de GOAU3.

O retorno do portfolio do mês foi de +4,17%, ante +1,79% do Ibov e +2,15% do MCLX. Esse retorno é explicado pois, apesar de possuir boa parte em PIBBs (que renderam +1,46% no mês), eu possuo as 4 ações com maiores altas do Ibov no mês (BRTO4, SBSP3, TMAR5, CESP6).

Portfolio Imóveis:


Sem novidades por aqui. Reapliquei os aluguéis no portfolio Small Cap e devo demorar uns meses até fazer uma nova aplicação por aqui.

O retorno do portfolio de imóveis no mês foi de +2,08%.

Portfolio Small-Micro Cap Value:

Esse mês eu fiz o meu primeiro rebalanceamento forçado: vendi as BPNM4 que tinha comprado a R$5,54 por R$5,65, pois aparentemente após o último balanço o P/VPA do banco foi para 7, totalmente estranho. Com essa grana eu, após muita raiva e dias com ordens não executadas, comprei 600 IDVL4 a R$8,02 cada, para nos dias seguintes ver a ação explodir para R$9,02 e ainda ganhar um direito de subscrição de brinde.

Também foram compradas 400 BICB4 a R$11,43 cada e 100 CLSC6 a R$41,69 cada.

A JHSF3 foi sem dúvida o foguete do mês, explodindo 29,23% em um movimento digno de investigação pela CVM. O mico do mês foi POSI3, caindo -19,92%.

O portfolio teve um retorno de +3,23% no mês, ante +6,27% do SMLL. Já notei que as micro-caps possuem baixíssima correlação com a movimentação normal do mercado, então esperem números bem diferentes do SMLL nos próximos meses.

Valores:

Devido ao aumento significativo do meu patrimônio no mês anterior, resolvi calcular o retorno do portfolio mês a mês, inserindo o sistema de cotas que é um porre de se controlar (a cada retirada ou aporte as quotas precisam ser recalculadas), mas importante pra saber como a minha estratégia se sairá no longo prazo, além de fornecer ao longo do tempo todo tipo de informação interessante como correlação, desvio-padrão, etc.

Vejam que os aluguéis as ações pagam totalmente minha corretagem e, mesmo se considerarmos os emolumentos, a "taxa de administração" do meu portfolio está negativa, como eu já previ na atualização do mês anterior.

Desde já peço desculpas pela minha ausência nos comentários! Leio todos, mas tempo pra responder...

Rumo aos R$500k!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Aportes, rendimentos, dúvidas: como obter a independência financeira nessa merda de bolsa lateralizada?

Bem pessoal, eu tinha feito anteontem uma resposta enorme pra cada comentário e, pra variar, perdi tudo. Desde então surgiram diversos outros comentários, de forma que acho melhor fazer uma resposta em forma de artigo tentando englobar os principais temas abordados nos comentários.

Inicialmente quero agradecer as palavras de incentivo, tanto daqueles que estão sempre comentando por aqui (os amigos Henrique, rodpba, I40, InvFin, Léo, etc.) quanto aos novatos que tomaram vergonha na cara e resolveram aparecer.

No geral notei meio que um desânimo com os investimentos em geral. Já vi posts de outros blogs sobre "investimento" em negócio próprio, cada vez mais perguntas por aqui sobre lançamento coberto de opções (que não é pessimo, frise-se, mas inferior ao buy-and-hold, ainda mais no Brasil) e uma apreensão quanto ao futuro frente a uma inflação alta e uma bolsa lateralizada.

Vale lembrar que tivemos outros períodos laterais (1998-2002, foram 5 anos com retorno nominal de 2% e inflação alta). De fato, nós estamos na pior sequência nominal de 4 anos, ainda que incompleta (2008-2011) de toda a história, com 1% a.a. de retorno nominal. O retorno real (que é o que interessa) certamente está no plano negativo. Não vejo mais aquele oba-oba de 2007, pessoas dizendo que quem tirasse menos de 5% por mês era um imbecil, etc. Vejo muita cautela, muita diversificação, muita gente satisfeita com um yield de 0,7% de um FII.

Cabe aqui ressaltar as palavras do gênio William Bernstein, no livro "The Investor's Manifesto": "A 25-year-old who is actively saving for retirement should get down on his knees and pray for a decades-long, brutal bear market so that he can accumulate stocks cheaply". O raciocínio dele no livro é perfeito: as pessoas compram uma ação exclusivamente pelos frutos (dividendos) presentes e futuros que ela traz, e o fato de uma ação cair 50% não influi em nada nos lucros e dividendos dela. Portanto, para nós, investidores de longo prazo, quanto mais barato pagarmos por esses lucros, melhor.

É óbvio que, no geral, as empresas hoje lucram nominalmente mais do que em 2007. A conclusão, portanto, é também óbvia: o preço pago pelo lucro está menor. E isso, para nós em fase de acumulação, é EXCELENTE. Peguem praticamente qualquer bolsa mundial e vejam o retorno delas por um período longo de tempo. Em algum momento o retorno tem que acompanhar a expectativa desse retorno.

Eu sinceramente não tenho idéia se a bolsa em 2007 estava cara ou se estava no seu preço normal. O que eu tenho certeza é que, hoje, elas não estão caras e nem de longe temos uma bolha nas ações. Para mim é o suficiente.

Além disso, eu não conheço em toda a história mundial uma bolsa que, no longo prazo, não tenha sido o método mais eficiente de se investir, salvo bolhas (EUA 2000 com PL de 45, Japão 1989 com PL de 100). A maior empresa da bolsa está com PL de 10,5. A segunda maior, 8,5. A maior parte do meu dinheiro, portanto, continuará em ações.

O que estamos vendo é um caso clássico de "recency bias": a tendência do investidor de extrapolar os resultados recentes para o futuro indefinidamente. Não, o ouro não vai subir eternamente, os imóveis não vão render 30% ao ano para sempre e a bolsa não irá ter um retorno nominal de 1% até a sua aposentadoria. Foquem no longo-prazo e naquilo que é realmente importante:

  • O ouro, como toda commodity que nada produz, tende apenas a seguir a inflação.
  • A renda fixa não renderá nada além do yield.
  • Os imóveis não renderão nada além da inflação + yield dos aluguéis.
  • A bolsa não renderá nada além do lucro médio das empresas + inflação.
Cabe aqui retornar à matemática elementar dos juros compostos e relembrar aos esquecidos o poder dos mesmos:

  • R$1.000,00 investidos por mês com um rendimento real de 0,5% a.m. (~6%a.a.) valerá 1 milhão daqui a 30 anos. Se o retorno for de 0,66% a.m. (~8% a.a.) você terá 1,5 milhão.
  • R$500,00 investidos por mês com um rendimento real de 0,5% a.m. (6%a.a.) valerá 1 milhão daqui a 40 anos. Se o retorno for de 0,66% a.m. (~8% a.a.), você terá 1,7 milhão.
Notem no último exemplo que apenas 15% do valor final é obtido pelos aportes. Os 85% restantes vem dos juros compostos.

A independência financeira não é uma crença: é um resultado inevitável preenchidos os requisitos necessários (aportes constantes, tempo). Eu continuarei fazendo meus aportes e esperando pelo inevitável. E você?

terça-feira, 1 de março de 2011

Atualização Mensal: Fevereiro 2011 (R$455.229,91, +R$257.163,91)

"If only God would give me some sign...a clear sign! Like making a large deposit in my name at a Swiss bank." - Woody Allen

Essa é sem dúvida a atualização mensal mais importante que esse blog já passou. Com mais mudanças, com mais classes de ativos, com mais DINHEIRO.

~R$450.000,00. Um valor que, pela projeção patrimonial, eu só deveria atingir em 28/02/2014! Em um único mês eu acelerei minha independência financeira em 3 anos (ou, no mesmo prazo, mas 40% (!!!!!!!111onze) mais rico).

Obviamente que a pergunta número 1 é: de onde veio a grana? Roubo? Opiças a seco? Prostituí meu corpo pra uma velha cheia de rugas milionária? Não. Resta dizer que a origem foi totalmente lícita e que, por questões de privacidade, não me cabe expor aqui. Ou eu explico o que aconteceu ou eu mostro os valores. Nunca os dois. Quem acompanha o blog sabe que eu sempre prefiro o segundo, e assim seguirá por toda a eternidade.

Obviamente, esse valor muda o portfolio de praticamente qualquer um. Quem entende algo de construção de portfolio sabe que o mesmo é um resultado de uma matriz que envolve diversos fatores: idade, necessidade de retorno, resistência à volatilidade. Obviamente minha idade não diminuiu, nem minha resistência à volatilidade, mas sim minha necessidade de retorno. Com um valor tão alto tão jovem eu não preciso aplicar tudo 100% em ações, sob risco, ainda que pequeno, de retornos pífios por longos períodos.

Portanto, o portfolio precisava de ajustes. E por ajustes eu digo uma pitada de renda fixa e uma dose de outra classe de renda variável (imóveis). O objetivo é um só: diminuir a volatilidade (que, pra mim, não é risco) e proteger um pouco mais o capital. De brinde, ganho o bônus de balanceamento que faz o retorno ser um pouco maior que a média dos retornos dos ativos.

Com todo esse valor eu também pude finalmente investir nas temidas small-caps e micro-caps. Como sempre, buscando valor (valor = p/vpa baixo). Foram 28 compras num espaço de 15 dias.

Portanto, meu portfolio hoje possui 3 classes de ativos diferentes: Renda fixa (empréstimo garantido), Renda Variável 1 (Imóveis) e Renda Variável 2 (MidLarge Caps/SmallMicro-Caps). Portanto, são 4 tipos diferentes de investimento em 3 classes.

Como ficou a divisão das classes dos ativos:

  • 10% Renda Fixa
  • 20% Imóveis
  • 35% MidLarge-Cap
  • 35% SmallMicro-Cap

Quais foram os critérios para a determinação dessas porcentagens? Idade, necessidade de risco e resistência à volatilidade.

Qual a expectativa de retorno do portfolio?

  • Renda fixa = 10,54% (12,4%-IR) -> 1,54%
  • Imóveis = 12% -> 2,4%
  • MidLarge = 12% -> 4,2%
  • SmallMicro = 14,4% -> 5%

Total = 1,54%+2,4%+4,2%+5% = 13,14% a.a. Foram desconsiderados composição dos juros mensais e ganhos de rebalanceamento.

Como dizem que a teoria na prática é outra, minha expectativa pessoal de retorno é 0% por um bom tempo.

Vamos ao que interessa:

Projeção patrimonial:


Finalizado o mês de fevereiro, estou nada menos que 130% mais rico! O gráfico dá pra dar idéia da dimensão da coisa.

Portfolio:


- Mas VR, não eram apenas 10% em RF? Por que 17,5% então?

Coincidentemente, houve a oportunidade de expandir o empréstimo garantido que me rendem 1,5% a.m. Portanto, melhor 1,5% garantidos do que 1,2% previstos. Com a devolução desse valor, que deve ocorrer no curto/médio prazo, a aplicação na renda fixa será através do Tesouro Direto, mais especificamente LTN/2015. Uma conta na BANIF já foi aberta exclusivamente com esse propósito. Com o aporte atual, a expectativa é receber R$1.200,00 de juros por mês.

Também obviamente os próximos aportes irão para as Small/Micro-Caps.

Com essa divisão, meu portfolio se moverá de duas formas:
  • Rebalanceamento Inter-Classe
  • Rebalanceamento Intra-Classe
O rebalanceamento Inter-Classe ocorrerá sempre após o período mínimo de 1 ano ou valor 30% distante do definido para o ativo. Caso, após um ano, a diferença não for significativa, o portfolio seguirá sem balanceamento Inter-Classe. O objetivo é um só: minimizar custos. Há vários estudos que demonstram que um rebalanceamento infrequente (a cada 1-3 anos) é tão bom quanto um frequente (3-6 meses).

O rebalanceamento Intra-Classe ocorrerá em duas hipóteses:
  • Sempre que um ativo obtiver rentabilidade de 100% e tiver ocorrido o período mínimo de 2 anos o mesmo será vendido até o preço médio de um ativo da classe. Os aportes devem sempre ser feitos em empresas novas ou em empresas com o menor valor dentro do portfolio até o preço médio de um ativo da classe.
  • Sempre que um ativo não satisfaça os critérios de valor (p/vpa muito alto) até um valor 20% maior que o ativo de menor p/vpa fora do portfolio o mesmo permanecerá no portfolio. Caso contrário, será vendido imediatamente e trocado pelo ativo da mesma classe de menor p/vpa fora do portfolio.
O segundo ponto é especialmente importante. Diversos fundos passivos de valor desenvolveram os "holding bands", que são destinados a ativos que saíram dos critérios estritos do fundo mas que ainda estão perto o suficiente para ainda possuírem algum valor. Esse "buffer" evita sucessivas compras e vendas por diferenças minúsculas e diminui de forma significativa o turnover e portanto os custos.

É importante vocês entenderem que meu objetivo não é fazer gestão ativa, muito menos análise fundamentalista das empresas: meu objetivo é criar, ao menos nas ações, fundos pessoais PASSIVOS que seguem critérios OBJETIVOS para a compra e venda de ações.

Portfolio Mid/Large-Value:



Frente o novo portfolio, foram vendidos 200 PIBBs para compra de FIIs. Os demais PIBBs, salvo alguma mudança significativa, serão vendidos até eu possuir o terço de menor p/vpa do MLCX (25 empresas, portanto).

Portfolio Imóveis:


Alguns detalhes:

FEXC11B teve um peso maior por se tratar de um intermediário de CRIs. Devido à taxa de adm. aceitável e yield bacana preferi suprir minha necessidade de CRIs com apenas esse fundo e o CSBC11.

A alocação do HTMX11B se tratou de uma ordem de compra executada parcialmente. Essa brincadeira me custou 0,6% do investimento, o que pra mim é um custo inaceitável.

Esse portfolio ainda precisa de maior diversificação mas, frente aos poucos FIIs interessantes no mercado, resolvi deixar a alocação um pouco mais concentrada.

Com essa alocação em FIIs minha expectativa é de receber ~R$600,00 por mês em aluguéis.

Portfolio Small/Micro-Cap Value:



Bem, nessa classe temos 28 empresas, sendo 18 small-caps (ou o terço com menor p/vpa do SMLL) e 10 micro-caps.

Investir nas micro-caps foi MUITO difícil. A liquidez delas é péssima. Algumas ações (Como Mendes Júnior, por exemplo) possuem spreads de até 20% e passam semanas a fio sem um trade, quanto mais na ponta compradora. Essa característica torna as mesmas praticamente imunes a investidores institucionais ou com um portfolio muito grande. Aplicações de 20-30k certamente moveriam de forma significativa as empresas menos líquidas. Ordem limitadas são uma obrigação e a liquidez passa a ser um premium. Ou você leva a melhor no bid/ask spread ou você já perde 1 ano de expectativa de retorno em um único trade.

Com isso, várias empresas micro-caps que cumprem os critérios de p/vpa ainda não integraram ao portfolio por problemas de liquidez. Com o tempo esse problema deverá ser minimizado.

Algumas surpresas positivas: SPRI3 (+7% só no Spread, +9,1% total), MRFG3 (+7,66%), INEP4 (+6,85%). Surpresas negativas: ABCB4 (-6,11%), MAGG3 (-5,95%) e, claro, RSID3 (-3,12%). Exceto Gafisa (+3,5%), estou com prejuízo em todas as outras grandes construtoras.

Por que uma alocação reduzida em ELPL4 e ENBR3? Devido à cotação elevada do papel, só pude comprar 100 ações de cada. Com o passar dos meses pegarei parte do aporte mensal para corrigir esse problema.

Valores:


Notas interessantes:

- Em fevereiro já recebi R$79,40 do PRSV11! Não esperava receber nenhum aluguel antes do meio de março!

- Se eu ler mais algum corno escrevendo "MAS VR, VALOR É MUITO MAIS QUE P/VPA LOL!" eu juro que mato um.

- Os aluguéis estão de volta, dessa vez turbinado por yields muito melhores! Possuo a firme expectativa de tornar meu portfolio com custos negativos.

- A partir do mês que vem vocês terão a informação mais importante que estavam faltando: a rentabilidade do mês de cada classe de ativo. Pra isso fiz um sistema de simulações de cotas de fundo que foram um SACO implementar na minha planilha TOSCA. Meu objetivo principal é calcular a correlação dos retornos dos FIIs/Renda Fixa/Large Value/Small Value.

É isso aí pessoal! Um mês épico! Rumo aos R$500k!